Uma velha deficiência de Ribeirão Pires está prestes a ser sanada com a chegada do serviço de TV a cabo fornecido pela NET a cidade, colocando um ponto final a uma velha história que começou há mais de uma década, com a assinatura do primeiro contrato de concessão para a cidade.
Em 4 de abril de 2000, a empresa Walberg Comunicações comprou a concessão ao valor de R$ 600.120,00 e assumiu o compromisso de, até 2009, oferecer o serviço a até 90% da cidade, o que, como se sabe, nunca foi feito. O tempo passou, a empresa foi incorporada pela Canbrás, que, por sua vez, foi incorporada pela NET e o serviço nunca chegou a cidade.
Há dois anos, o cabeamento chegou a ser iniciado na cidade após intercessões de Marcelo Menato e Marcelo Dantas, à época na então Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (hoje Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda), que negociaram com a Embratel (dona da NET) a chegada do serviço à Ribeirão Pires, com ofícios, reuniões e até mesmo uma visita a sede da empresa. Pouco depois, foi feito um cabeamento na cidade e algumas empresas assinaram o serviço telefônico. Menato, diga-se de passagem, também foi um dos responsáveis pela instalação do Grupo de Trabalho Banda Larga no Consórcio Intermunicipal, cuja função era justamente a de analisar a qualidade do serviço, que é alvo de reclamações nas sete cidades.
A cidade de Ribeirão Pires vive uma espécie de monopólio no serviço de banda larga, com a onipresença da Vivo (antiga Telefônica) com o Speedy, velho alvo de reclamações tanto pelo preço quanto pela baixa qualidade. No caso da telefonia, ainda há a opção da TIM, que oferece linhas fixas.
Já quanto a TV por assinatura, o ribeirãopirense que quiser acesso a canais como HBO, Telecine ou Sportv precisa, necessariamente, assinar um serviço via satélite, que é oferecido pela Sky, a própria Vivo, a Claro (antiga Via Embratel) ou a Nossa TV. A reclamação desse sistema, especialmente em relação a primeira, é quanto a seu alto custo. O preço, aliás, é um fator preponderante neste caso. Um serviço “top” da Sky, com canais em alta definição, custa mais de R$ 300, sem internet e sem telefone. O similar da NET, com internet e telefone custa cerca de R$ 100 a menos.
Os funcionários que estão trabalhando no cabeamento confirmaram à reportagem do Jornal Mais Notícias que, de fato, se trata de estruturas para o serviço da NET. Entramos em contato com a empresa que confirmou que “a NET já esta implantando toda sua infraestrutura para operar na cidade de Ribeirão Pires”, mas “ainda sem previsão de inauguração”. A chegada desta empresa e de outras grandes a cidade certamente trará melhores serviços, desenvolvimento e, principalmente, empregos para a cidade. Que outras também cheguem.