Na tarde da última terça-feira, dia 31, a munícipe Elisangela Silva Matos usou a tribuna durante a sessão da Câmara Municipal para protestar contra a falta de organização da Administração. Segundo ela, sua intenção foi “relatar algumas deficiências que dentro da minha visão são exageradas”.
Elisangela apontou falhas em diversos setores públicos
Elisangela apontou que a falta de qualidade da gestão pública é transferida para a população. Além de destacar imprudências no Executivo, a munícipe foi enfática ao cutucar também o Legislativo. “Não posso acreditar que nenhum vereador consiga desenvolver e criar um projeto que traga benefícios para toda a população”, disse.
Dentre os demais pontos, Elisangela destaca: “Nossas escolas não tem qualidade e segurança; Nossas creches não têm uniformes; Na saúde, não sei se posso chamar o São Lucas de hospital, já que ele é desorganizado, mal administrado e os doentes são tratados com descaso e incompetência; Falta iluminação em escadões; Faltam remédios nos postos de saúde”.
O vereador José Vicente de Abreu, o Vicentinho (PR), pediu a palavra e rebateu grande parte das críticas. “Muitas coisas que você falou eu concordo, mas não é bem assim. Só quem está aqui (referindo-se a sua posição como vereador) sabe como é administrar”, alegou o republicano.
Para o líder de governo na Câmara, vereador Antônio Muraki (PTB), a crítica não foi bem recebida. Muraki solicitou à munícipe que refletisse o quanto a cidade progrediu com a atual Administração. Disse que nunca houve tanto investimento e que o orçamento municipal cresceu muito nos últimos oito anos.
O único parlamentar que concordou com Elisangela foi Saulo Benevides (PV). O verde, que vem fazendo oposição ao governo, disse não concordar com Muraki. “O orçamento foi comprometido com obras sem necessidade. Falta planejamento”. Por fim, alfinetou o prefeito: “O Governo poderia pensar menos em Mauá e mais em nossa cidade”.
Encerrando suas palavras, Elisangela rebateu a defesa dos vereadores afirmando que ela, como mãe, contribuinte e eleitora está insatisfeita com o que percebe diariamente no cotidiano da cidade.
