Mulheres recebem 15,8% menos do que homens em tecnologia, aponta pesquisa

Uma pesquisa feita pela plataforma de recrutamento digital Revelo indicou que as mulheres ainda recebem menos do que homens em empresas de tecnologia. A pesquisa levou em conta mais de 212 mil candidatos e 27 mil ofertas de emprego feitas por companhias de tecnologia que atuam no Brasil e mostrou que mulheres têm salário 15,8% menor do que o dos homens.

Segundo o estudo, a média de salário oferecido pelas empresas em carreiras é a seguinte:

  • BI – Mulheres: R$ 5.987, Homens: R$ 6.444
  • Desenvolvimento – Mulheres: R$ 5.491, Homens R$ 6.306
  • Design – Mulheres: R$ 4.576, Homens: R$ 5.155
  • Marketing – Mulheres: R$ 3.881, Homens: R$ 4.528
  • Negócios – Mulheres: R$ 6.179, Homens R$ 6.643

De modo geral, a média de salários ofertados às mulheres é de R$ 5.255, enquanto os homens têm ofertas passando da casa de R$ 6.200. Além disso, a pretensão salarial de mulheres é de R$ 5.863, enquanto homens solicitam, em média, R$ 6.896.

Minoria e mal paga

Além de terem salários menores, as mulheres ainda são minoria em quase todas as áreas detalhadas no estudo. Em BI, elas são apenas 30%, em desenvolvimento esse número cai para 13%, em design, sobe para 38% e em TI é apenas 11%. A única área em que as mulheres são preponderantes é o marketing, onde elas ocupam 61% dos postos de trabalho.

E o mais curioso é que a porcentagem de currículos femininos selecionados por recrutadores homens (22%) é maior do que aquela contata por recrutadoras mulheres (15%).

O número de contatos recebidos por uma candidata para cada 100 contatos recebidos por um candidato também é bem diverso: na área de TI e desenvolvimento, por exemplo, esses números são de 13 e 15, respectivamente; em BI é 42, em design é 62 e, novamente, apenas em marketing as mulheres superam, com 153 contatos recebidos a cada 100 recebidos por candidatos homens.

Lógico que essa pesquisa tem limitações dado o escopo restrito aos dados disponíveis na Revelo, mas os números são impressionantes e reforçam a ideia de que mulheres infelizmente ainda são mais preteridas e menos bem remuneradas do que homens no ramo da tecnologia.

(fonte: Techmundo)

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