Mulheres: quebrando barreiras e paradigmas

Hoje vivemos em uma sociedade que tem a mulher ocupando cargos importantes ou até mesmo chefiando grandes empresas. Estamos vivendo a era do novo homem, mas para conquistar e deixar a marca na história foi necessário a ruptura de uma sociedade conservadora.

No contexto histórico, no período pós-g

Psicoterapeuta Rosane Godoi fala sobre a evolução das mulheres

uerra as mulheres tiveram que assumir o sustento da família, mudando o rumo da história, no que representava o começo da luta por independência. A pedagoga Rosane Godoi comenta sobre a quebra de barreira: “a principio foi uma necessidade social, essa que resultou ao logo das décadas de cinquenta e sessenta em avanços como, por exemplo, a entrada no mercado de trabalho, a libertação sexual e comportamental”.

Mas a luta ganhou força apenas no século XX. Organizadas, as mulheres começaram a exigir seus direitos, esta forma de luta foi denominada feminismo. A busca pela democracia, e por igualdade entre homens e mulheres fazia cair por terra à imagem de mera reprodutora.

No mercado de trabalho, os cargos ocupados por mulheres ganharam diversidade a partir de 1940, pois antes existiam funções específicas. “Ainda existe uma desvalorização do trabalho no que se refere à igualdade salarial em relação à masculina, mas isso vem evoluindo. A mulher hoje se preocupa com a sua formação profissional, é responsável com o seu trabalho e desempenha funções antes masculinas com maior desenvoltura”, argumenta Rosane.

Mesmo com as conquistas, o equilíbrio ainda não foi encontrado, conciliar vida profissional com a família é um fator que ainda tira o sono de muitas trabalhadoras, “a principal dificuldade é desempenhar todos os papéis dentro da família, pois herdamos da guerra este posicionamento e não nos encaixamos mais no padrão antigo, onde a mulher primava pela educação dos filhos. Hoje a mulher tem liberdade total e pode gerir sua própria vida, mas não podemos ter tudo. Por isso, necessitamos entender que todas as evoluções são importantes. Nós mulheres, precisamos conciliar os papéis e não deixar de cumprir nenhum deles, organizando o tempo e o espaço, para que as necessidades individuais e familiares sejam atendidas”, enfatiza a pedagoga.

Ainda refletindo sobre a família Rosane Godoi revela, “sabemos que hoje, as famílias são muito diferentes na forma de constituição. Mas pensando numa sociedade um pouco mais antiga, onde os papéis eram definidos como pai provedor e mãe educadora, entendemos que esta evolução colocou a família em xeque. Isto se reflete na formação do ser humano em sua individualidade e mais tarde, na sociedade”.

Ainda não existe uma solução ou fórmula cientifica para a dupla jornada de trabalho, mas isso é algo pequeno comparado às batalhas vencidas. As dificuldades fizeram e fazem parte da história da evolução da mulher, e sem dúvida serviram como moldura para essa nova mulher que se destaca na sociedade atual.

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