Descoberto nos anos 80, o vírus HIV, responsável pelo vírus da AIDS, continua presente entre a população e pode estar atingindo, em maior escala, as mulheres entre 10 e 19 anos. É o que aponta um levantamento realizado pelo Lavoisier Medicina Diagnóstica que constatou um aumento de 53% na procura por exames para detecção do vírus entre mulheres nessa faixa etária.
O crescimento também se deu entre as pacientes entre 60 e 69 anos, com 24,1% de crescimento, 70 aos 79, com 36,7% e também entre 80 a 89 anos, com 37,6% de aumento.
A infectologista Dra. Maria Lavinea Novis de Figueiredo Valente, analisa que este aumento tem relação, principalmente, com o início da vida sexual cada vez mais cedo entre as mulheres e também o uso de medicamentos como o Viagra entre os mais velhos. “A certeza de não engravidar na terceira idade faz com que, muitas vezes, as pessoas nessa faixa etária abandonem o uso de preservativos”, explica. Hoje, ainda, o uso de preservativos é a principal forma de se prevenir o contágio pelo vírus, que, além do contato sexual, também pode ser transmitido por mais formas, como o compartilhamento de agulhas contaminadas e até mesmo de mãe para filho durante a gestação e amamentação.
A Aids ainda não tem cura, mas atualmente o portador do vírus HIV pode conviver com a síndrome por longos anos. No final do ano de 1995, foi aprovado o coquetel de remédios que auxilia no controle da doença, o que permitiu uma sobrevida aos portadores da doença. “Na maioria dos casos, a partir do diagnóstico correto, o portador do vírus HIV tem a possibilidade de controlar a doença e ter uma sobrevida maior, superando, inclusive, as expectativas divulgadas há 15 anos”.