As mortes de bebês em gestação ou de recém-nascidos no Estado de São Paulo atingiram o menor índice da história. É o que aponta o mais recente balanço da Secretaria de Estado da Saúde, produzido em parceria com a Fundação SEADE (Sistema estadual de Análise de Dados).
Segundo o novo boletim, a taxa de mortalidade perinatal, que se refere aos óbitos fetais a partir da 22ª semana de gestação (quando o peso do nascimento é de cerca de 500 gramas) até sete dias completos após o nascimento caiu 25% em 10 anos no Estado. O índice, que era de 18,5 por mil nascidos vivos e nascidos mortos no ano 2000, passou para 13,8 em 2009. Isto significa uma vida salva a cada quatro gestações ou nascimento, na comparação com o início da década, ou 4,7 mil vidas salvas neste período.
Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra contribuíram com a queda dos índices. Em Ribeirão, a taxa de perinatal ficou em 17,1%, ou seja, a média encontrada com a soma de bebês nascidos mortos (14) com os neonatais precoces (12) dentre os mais de 1500 partos realizados em um ano na cidade. Já Rio Grande da Serra, que teve cerca de 620 nascimentos em 2009, houve apenas duas mortes e apenas sete nascimentos precoces, assim, a taxa ficou em 14,6.
A mortalidade perinatal vem caindo gradualmente no Estado, com estabilidade em alguns anos. A comparação, neste caso, deve ser entre longos períodos, assim como na mortalidade infantil. Em 2001 o índice foi de 17,7. Em 2002, 17,4. Em 2003, 15,7. Em 2004, 15,8. Em 2005 a taxa passou para 14,5. Em 2006, 14,4. Em 2007 e 2008 o índice ficou em 14,0, caindo para 13,8 no ano seguinte.
A taxa de mortalidade perinatal é considerada um importante indicador de saúde pública, uma vez que com a acentuada queda na mortalidade entre o período de sete dias e o primeiro ano de vida, cerca de metade das mortes infantis concentram-se na primeira semana após o nascimento. Em relação aos valores de 2000 houve queda na mortalidade perinatal em todas as regiões de saúde do Estado.
Ainda segundo o levantamento, a redução da mortalidade perinatal no Estado pode ser atribuída, principalmente, à queda do número de óbitos considerados reduzíveis por diagnóstico e tratamento precoce de doença ou por adequada atenção ao parto, além de medidas de controle da gravidez.