Moradores do Jd. Aprazível são ameaçados por motoqueiros e baloeiros

“Todo final de semana os baloeiros saem correndo e quebrando tudo”. Isso acontece, segundo William Pavan, 56, piloto de avião, porque os balões caem nas casas dos moradores do Jardim Aprazível, em Ouro Fino. Além disso, Pavan afirmou que os baloeiros tentam invadir as casas de qualquer maneira para recuperar os balões, inclusive com ameaças. “Eles falam que, se não os deixarmos entrarem, ele vão voltar e matar todo mundo”.

Segundo William, as ameaças de morte são constantes

Segundo William, as ameaças de morte são constantes

Ainda segundo o piloto de avião, os motoqueiros também têm atormentado a vida de quem vive lá, pois eles têm feito rachas aos fins de semana no cruzamento da Avenida Komoto Tadachi com a Rua Casa Vermelha. “Se tiver um carro na frente deles, eles fazem com que o motorista jogue o veículo no mato para passarem”. William ainda disse que nem a representante de bairro faz algo. “Ela mais distancia o bairro das soluções do que outra coisa” e completou: “Já cheguei a ligar para a polícia, mas ouvi deles que ‘pegar balão não é crime, crime é soltar’”.

De acordo com a Tenente Graziela Costa da Polícia Militar de Ribeirão, os moradores da região não ligam para o 190. “Eles só foram reclamar na reunião do Conseg, sendo que o ideal é que eles nos liguem assim que o fato ocorreu, senão, fica difícil de nós investigarmos”. Ela também afirmou que dificilmente os baloeiros invadem as casas. “Os balões costumam vir da Zona Leste de São Paulo, e os responsáveis por eles só acompanham o trajeto deles”, completou.

Segundo a Lei 9605/98 (Crimes Ambientais), o artigo 42, Seção II, afirma que “fabricar, vender, transportar, ou soltar balões, algo que possa provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano”. A pena para quem comete este crime é de um a três anos de detenção e/ou multa.

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