Um drama vivido por uma família do Jardim Santista (Ouro Fino Soma), vem se mostrando um verdadeiro descaso por parte do Poder Público que pouco ou nada tem feito para solucionar o problema. O fato acontece desde janeiro de 2011, quando a residência da senhora Terezinha de Jesus Chiva Pereira, moradora da Avenida Flórida nº10, passa por constantes alagamentos, sempre que cai uma chuva forte.
Mesmo estando na parte alta da rua, a cada da “dona” Terezinha enche de água, isso porque o volume vem da Rua Passo Fundo, localizada acima do referido terreno. Como o escoamento de água é precário e o sistema de capitação não funciona como deveria, grande parte da água da chuva corre diretamente para o barranco na parte de trás da residência, trazendo consigo uma quantidade considerável de terra, entulho, mato. “Entra muita água por todos os lados. O quintal fica parecendo um rio e a água acaba entrando em casa pelos ralos do banheiro e pelas portas. Não temos como controlar a sua entrada, sem contar o barro que vem junto. Tenho medo do perigo de contaminação de várias doenças já que a água é suja e com cheiro forte de esgoto”, expõe a moradora..
Terezinha afirma que fez inúmeros apelos à Regional de Ouro Fino, à Defesa Civil, à Secretaria de Infraestrutura de Ribeirão Pires e até aos vereadores, mas até agora ninguém tomou qualquer providência.
O caso fica um pouco mais complicado conforme o relato da moradora: “Na madrugada do dia 15 de dezembro de 2011, onde mais uma vez minha casa alagou, acionei a Defesa Civil que ficou de montar um processo e enviar para Regional de Ouro Fino. No mesmo dia pedi ao engenheiro responsável que e me fosse enviado alguém que tirasse a terra e o entulho deixado pela chuva, mas desde então não obtive nenhuma solução, tendo que arcar com todo o prejuízo. Descobri que ao pedir uma cópia do laudo na Defesa Civil, além de ter que pagar no ato pra fazer o pedido ($1,48), deverei pagar uma taxa por folha do processo de valor não especificado. Além de tudo de ruim que está acontecendo em minha residência e em minha vida decorrente de tudo isso, não conseguindo descansar, não posso sair de casa, pois com as chuvas de todos os dias preciso estar em casa. Até agora não tive nenhuma ajude de nenhuma autoridade”.
Nossa reportagem conversou informalmente com o secretário da Regional de Ouro Fino, Hércules Gioarola, que informou que obras estão sendo feitas na via para amenizar o impacto. “O problema real é a localização do terreno da moradora. Por ser uma área particular não há nada que possamos fazer e ela já foi informada de que é responsabilidade dela fazer adequações em seu terreno para conter o fluxo de água”.
Nossa reportagem procurou a Prefeitura para dar um parecer oficial sobre o caso e, após 20 dias de constantes cobranças sobre um posicionamento, a Prefeitura não prestou qualquer esclarecimento.
O problema na casa de Terezinha persiste sem qualquer solução por parte do Poder Público.