Em uma sessão monótona, sem aprovação de nenhum projeto, os vereadores de Ribeirão Pires foram surpreendidos com a participação de um munícipe que cobrou maior atuação por parte da Casa. Francisco Assis de Jesus, mais conhecido como Professor Chiquinho Poeta, usou a tribuna para “puxar a orelha” dos edis.
“Essa Casa de Leis tem que saber receber o público e quem deve dar o exemplo são esses vereadores”, disse Chiquinho apontando para os vereadores, em referência ao tumulto ocorrido na semana anterior onde o presidente da Casa, Rubens Fernandes (PSD), se desentendeu com um munícipe e o caso foi parar na delegacia, interrompendo a sessão.
O munícipe também criticou a postura da Câmara ao aprovar recentemente um aumento de 15% no salários dos comissionados da Prefeitura e de não ter aceitado a proposta de redução do subsídios dos próprios vereadores. “Um vereador em Ribeirão Pires não deve ganhar mais do que um doutor da USP em início de carreira, e isso é uma realidade aqui”, criticou Poeta.
Zé Nelson (PMDB), incomodado com a fala do ativista político, rebateu as críticas: “Se você pensa que é fácil ser vereador, se candidate, ganhe e venha pra essa Câmara para ver como é”. O peemedebista foi vaiado pela população presente.
“Para sair candidato e fazer o que vocês fizeram aqui, prefiro continuar aposentado”, rebateu Chiquinho arrancando aplausos do público.
Ao término da Sessão, tanto os vereadores quando Chiquinho Poeta concordaram em uma pauta: a Casa emitiu uma moção de repúdio contra o presidente Michel Temer e sua reforma previdenciária.