Manqueira em cães: pode ser ruptura de ligamento cruzado

O ligamento cruzado é uma estrutura que compõe a articulação do joelho dos animais. Este ligamento estabiliza a articulação conectando o fêmur à tíbia (osso da coxa e perna) limitando a hiperextensão do joelho impedindo que os ossos de desloquem ou rotacionem, os mantendo na posição adequada.

Pode afetar todas as raças e sexos, é mais comum em cães jovens ativos ou adultos de grande porte podendo também afetar gatos obesos. A ruptura do ligamento cruzado cranial é a principal causa de claudicação (manqueira) em cães.

Pode ocorrer por traumas como atropelamento por exemplo, em doenças degenerativa ou no caso de sobrecarga de peso na articulação associado a movimentos rápidos, propiciando a instabilidade articular e ruptura ligamentar.

Os sinais são manqueira (claudicação), animal não apoia o membro afetado (impotência funcional), pode haver relutância ao movimento, dificuldade para sentar ou levantar, piora da claudicação ao exercício, atrofia dos músculos da coxa, crepitação ao exame de extensão e flexão do joelho, sensibilidade ou desconforto local e dor.

Para o diagnóstico é necessário a avaliação clínica de um médico veterinário ortopedista, que irá classificar a gravidade do quadro através de exame ortopédico, artroscopia, radiografia ou ressonância magnética

O tratamento varia de acordo com a gravidade da ruptura, peso e porte do animal além do tempo entre o momento da ruptura e o início do tratamento podendo este ser conservativo ou cirúrgico.

Os animais não tratados podem apresentar degeneração articular em algumas semanas e piora do quadro em poucos meses variando de acordo com o porte e idade do animal principalmente. Doenças articulares inflamatórias sistêmicas podem estar associadas com a ruptura deste ligamento.

O tratamento conservativo pode ser indicado em casos menos graves ou em animais com menos de 10kg não sendo indicado para animais de grande porte ou obesos, onde o animal pode voltar a apresentar os sintomas voltando a mancar periodicamente prejudicando as estruturas adjacentes à articulação.

A estabilização cirúrgica é indicada para todos os portes e raças, onde é possível restabelecer a função normal do membro após operação.  A técnica cirúrgica utilizada será escolhida pelo ortopedista de acordo com o quadro clínico do paciente.

É recomendado uso de analgésicos e anti-inflamatórios (nunca medique seu amigo sem orientação de um veterinário responsável) e o animal deverá permanecer em repouso no pré e pós operatório, sendo indicado fisioterapia e terapias alternativas para acelerar sua recuperação.

Para prevenir o quadro, é ideal que o tutor evite situações onde pode ocorrer o traumatismo como passeios na rua sem supervisão onde o animal pode ser atropelado, escadas e pisos lisos para animais idosos, terrenos íngremes para evitar forçar a articulação em cães de grande porte, pular em locais altos sem auxílio como sofás e cama em caso de porte pequeno e principalmente evitar sobrepeso e sedentarismo.

Caso perceba seu amigo mancando das patas traseiras ou com dificuldade em movimentar-se, procure um médico veterinário para avaliar o quadro o quanto antes evitando maiores complicações além de ajudá-lo no alívio da dor.

 

Colaboração: Lia Silva – estudante de veterinária, tosadora e proprietária de petshop.

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