Leonice Moura, a Leo da Apae, reafirmou, em entrevista ao Mais Notícias, sua pré-candidatura a prefeita de Ribeirão Pires pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira) a despeito de rumores recentes que davam conta de uma suposta desistência: “essa possibilidade sequer passou pela minha cabeça. Sou pré-candidata a prefeita”.
A afirmação se faz necessária porque houve um boato de que, supostamente, ela poderia abrir de sua empreitada para apoiar algum outro candidato. Para ela, a explicação é bem simples: “minha pré-candidatura está crescendo na cidade e os adversários têm medo disso”. Com respaldo do partido, que a apoia incondicionalmente, Leo se mantem firme e coloca sua experiência como gestora, na Apraespi e na Secretaria de Educação de Ribeirão Pires – que comandou entre 2013 e o início deste ano – como diferenciais em sua proposta para a população. “Desafio os outros pré-candidatos a mostrar o que fizeram por Ribeirão Pires”, completa.
“O que pude fazer (pela Educação de Ribeirão Pires) eu fiz, dentro do possível nestes três anos. E os resultados foram muito positivos. O ganho na Educação foi alto, com melhor qualidade de ensino. Hoje, 70% das crianças leem e escrevem acima da média”, conta Leo sobre sua gestão à frente da pasta.
A pré-candidata também teve atuação destacada na Saúde, na Apraespi, onde teve atuação destacada junto com a sua irmã Lair Moura. São mais de 40 anos de atuação na entidade que é referência nacional em recuperação, reabilitação e serviços de Saúde com um padrão alto pouco visto no país. “Na Apraespi sempre nos preocupamos em prestar dignidade ao cidadão. Lá há um padrão de gestão que a torna muito eficiente, uma gestão com excelência que pode ser levada para toda a cidade e que colaboraria para o crescimento do município”, conta. Mas como seria esse padrão? “É preciso uma visão holística (integral) de Ribeirão Pires. Um bom gestor tem que conhecer os bairros e saber ouvir as necessidades da população para buscar as soluções que a cidade precisa. Tenho feito isso em minhas andanças pela cidade e tenho sido bem recebida. Quero trazer excelência à gestão municipal”.
Uma das chaves para implantar este padrão na Prefeitura é melhorar as condições do funcionalismo: “os funcionários públicos têm que ser respeitados e valorizados. Tenho uma ideia, inclusive de propor a criação de um condomínio para que os funcionários públicos possam ter sua casa própria a um custo acessível”, conta Leo.
Preocupações – O próximo prefeito terá que enfrentar o endividamento da Administração Municipal. A dívida pública está crescendo substancialmente. Segundo Leo, “a cidade hoje deve R$ 26 milhões para o IMPRERP e para o INSS, além de um passivo de R$ 58 milhões. O total da dívida pode superar os R$ 140 milhões até o fim do ano”.
Ela, que é vice-prefeita, lembra que tentou impedir a piora da situação financeira do município: “Fiz vários questionamentos, alertas e sugestões para controlar e enxugar gastos, mas nunca fui ouvida”, conta, antes de ressaltar que “nenhuma grande obra foi feita com o dinheiro do tesouro. O dinheiro que vem para obras grandes é verba carimbada, ou seja, de fora e que chega com destinação específica. Ainda assim, vemos obras importantes para a cidade que estão paradas ou em ritmo lento, como creches, a ampliação de uma escola municipal e alguns ginásios”.