Investigar sintomas é fundamental para garantir tratamento adequado; neurocirurgião alerta para os riscos do autodiagnóstico

Às vezes, um sintoma aparentemente “normal”, pode indicar algum problema grave de saúde. Por isso, não se automedicar e buscar orientação médica são recomendações de especialistas. A demora para diagnosticar o que causa o desconforto, dependendo do caso, gera sequelas futuras.

A micropigmentadora e atleta do crossfit Jamile Del Negro, de 42 anos, participou de um programa de saúde, em 2019. Na época, com apenas queixas de enxaqueca, foi orientada a procurar um neurologista. No dia da consulta com a equipe do Marcelo Perocco – médico neurocirurgião especialista em coluna vertebral – levou uma ressonância magnética que havia feito para investigar as dores de cabeça.

Após a análise do exame, veio a surpresa. “O médico virou para mim e disse: ‘Jamile, você precisa fazer uma cirurgia urgente na medula’”. A notícia caiu como uma bomba, já que Jamile afirmou que não sentia dores na região da coluna. No entanto, a atleta relatou formigamento no corpo.

A micropigmentadora e atleta de crossfit Jamile Del Negro

“Falei: ‘Isso é ciático, doutor’. Olha eu me autodiagnosticando, porque a vida inteira ouvi que a dormência que eu tinha na mão direita era problema no ciático. Aí o médico falou para mim que não era ciático, e sim medular”, contou ela.

A Jamile foi diagnosticada com uma compressão medular, e caso demorasse para fazer a cirurgia poderia perder os movimentos dos membros inferiores. A atleta buscou a opinião de outros especialistas. Todos foram unânimes. “Jamile, o que você tem é grave, precisa operar”.

A partir de então, a dormência aumentou. “Comecei a perder força nas pernas, comecei a cair. Eu perdi força para abrir pasta de dente e garrafa de água”. Diante da gravidade, Marcelo Perocco pediu urgência para iniciar o tratamento. “O doutor Marcelo me explicou detalhadamente como seria a cirurgia. Ele me passou muita confiança”.

“Uma equipe médica que eu nunca vi. Médicos extremamente criteriosos, cuidadosos e verdadeiras autoridades no assunto”, falou Jamile, que lembrou do pós-operatório. “Eu nunca mais tive formigamento, nenhuma perda de destreza nem de força”.

Uma das preocupações da Jamile, na época, era não poder retomar a rotina de treinos. “O Marcelo Perocco disse que não ia me operar para eu parar com o esporte. Pelo contrário, ele disse que ia me preparar para voltar a praticar esporte de alta intensidade, para ser atleta de alto nível”.

Dores na lombar

Isadora Cruz, atriz da Rede Globo

Outro problema recorrente nos consultórios de neurologia – e que carece de investigação – é a dor na lombar, região que fica na parte debaixo das costas. Um dos motivos pode estar ligado a questões neuromusculares. E isso acontece, por exemplo, por falta de exercícios específicos para fortalecer o local e pela má postura.

No entanto, a dor no local pode estar associada a problemas nos rins, já que os órgãos estão localizados na parte interna da região da lombar. Foi o que aconteceu com a atriz da Rede Globo, Isadora Cruz, diagnosticada com pielonefrite aguda (infecção nos rins). Entre os sintomas estão mal-estar, febre e dor na lombar.

Sobre o Dr. Marcelo Perocco

Dr Marcelo Perocco é especialista em cirurgias minimamente invasivas da coluna vertebral

Marcelo Perocco é neurocirurgião especialista em coluna vertebral. Realizou treinamentos em cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral nos Estados Unidos, França, Alemanha, Coreia do Sul e Chile. Há 20 anos, no Hospital Beneficência Portuguesa de SP.

Entre as especialidades estão os procedimentos cirúrgicos na coluna vertebral com técnicas modernas e minimamente invasivas. São utilizadas tecnologias de última geração – como laser, radiofrequência, jatos d’água e cirurgias percutâneas que não necessitam de grandes cortes. As técnicas proporcionam uma rápida recuperação e um breve retorno às atividades do dia a dia do paciente.

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