Índios Pataxó Hã Hã Hãe são referenciados no Cadastro Único em Ribeirão Pires

Ação coletiva com indígenas foi realizada na tarde desta quinta-feira no Anfiteatro Municipal Arquimedes Ribeiro

Cerca de 70 pessoas da Tribo Pataxó Hã Hã Hãe, residentes no bairro Santa Luzia, em Ribeirão Pires, participaram do referenciamento coletivo no Cadastro Único promovido pela Prefeitura da Estância Turística de Ribeirão Pires, por meio da Secretaria de Assistência, Participação e Inclusão Social (Sapis). A ação, que contou com o apoio do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), foi realizada no Anfiteatro Municipal Arquimedes Ribeiro na presença do líder Som Pataxó da Aldeira Caramuru Paraguaçu.

A família Pataxó Hã Hã Hãe está em Ribeirão Pires desde a década de 1960, quando Valerino Cardoso dos Santos, fugindo da fome e procurando melhores condições de vida, já que havia sido expulso de suas terras, deixou a cidade de Nova Canaã (BA) e escolheu a Estância como sua nova morada por mais de 30 anos.

Aos 68 anos, Valdelice Cardoso dos Santos é a indígena mais velha da tribo Pataxó Hã Hã Hãe, que passou pelo referenciamento coletivo. “Estou em Ribeirão Pires desde junho de 1971 e foi aqui que construi minha história – 2 filhos, sendo um já falecido e dois netos. E, depois desse tempo todo, ser reconhecida enquanto indígena e poder usufruir meus direitos é uma grande conquista”, completou.

“Conhecer as famílias indígenas do município é importante, não apenas pelo cadastramento, mas também para entender quais políticas públicas devem ser desenvolvidas; dar espaço democrático para que esse público seja ouvido e atendido, proporcionando melhor qualidade de vida à eles. Através do Conselho Municipal de Políticas Públicas de Igualdade Racial, Ribeirão Pires avança como uma cidade para todos”, explicou o secretário de Assistência, Participação e Inclusão Social, Leonardo Biazi.

Segundo Jaqueline Haywã, líder do povo Pataxó Hã Hã Hãe em Ribeirão Pires e membro do COMPIR, existem, aproximadamente, 20 famílias da Comunidade Pataxó na Estância. “O cadastro reconhecendo a nossa origem indígena é um marco histórico. Através do Cadastro Único vamos lutar pelos nossos direitos, exigindo políticas públicas para os povos originários. Essa é mais uma conquista importante para o nosso povo”, completou.

Cerca de 70 pessoas da Tribo Pataxó Hã Hã Hãe, residentes no bairro Santa Luzia, em Ribeirão Pires, participaram do referenciamento coletivo no Cadastro Único

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