A improvável rejeição das contas de Volpi

Por Gazeta

Nos corredores e gabinetes da Câmara Municipal de Ribeirão Pires não se fala em outra coisa: a aprovação ou rejeição das contas do último ano do mandato do ex-prefeito Clóvis Volpi.

Nunca na história de nossa cidade uma Câmara reprovou as contas de qualquer prefeito, mesmo contrariando o parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), que julga as contas de todas as prefeituras do Estado, a exceção da capital, que tem seu próprio Tribunal.

Recentemente uma mudança da lei retirou a prerrogativa do TCE de punir os prefeitos que tivessem desvios de conduta e transformou-se num órgão técnico que emite um parecer favorável ou contrário a aprovação das contas, apontando as falhas. Porém, cabe agora às Câmaras avaliar esse parecer e decidir o destino do prefeito.

Houve quem se posicionasse contra, alegando que a maioria doas Câmaras não possui corpo técnico que possa auxiliar os vereadores na avaliação do laudo do TCE.  Outros alegam que os vereadores acompanharam os acontecimentos e tem como julgar as ações do prefeito.

Tanto na forma anterior como na atual, sempre tivemos e teremos o componente político, e o que vem prevalecendo é o voto pela aprovação das contas do antecessor, mesmo que sejam de correntes políticas opostas.

Vale lembrar que a reprovação das contas tem como pena oito anos de inelegibilidade e a impossibilidade de ocupar cargo público pelo mesmo período. Isso posto, a derrota de Volpi , que já beira os setenta anos, o colocaria na posição de aposentado da vida pública.

Como de costume deve prevalecer o corporativismos inato dos políticos, que se devem imaginar na mesma situação no futuro, e votar como sempre pela aprovação.

Amém.

Compartilhe

Comente

Leia também