Hip Hop e Samba engrandecem a celebração da Consciência Negra na Estância

Ações continuam até 26 de novembro nos CRAS da cidade

Apresentações dos grupos Hip Hop Teoria e Samba Miudinho atraíram o público para a Vila do Doce, na tarde desta quarta-feira, 20 de novembro, para participar das atividades em comemoração ao Dia da Consciência Negra. Feriado nacional, a data marca a morte do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, e também é um dia para conscientização sobre a cultura negra e a luta por cumprimento dos direitos da população preta no Brasil.

“É muito importante a nossa participação nessa atividade porque o Hip Hop é um movimento que tem origem de ancestralidade africana, música preta, urbana. Então, celebrar a Consciência Negra, o 20 de novembro, tem a ver com a nossa raiz, é importante também para as pessoas entenderem que a discussão sobre o racismo e o enfrentamento da desigualdade é muito salutar. Quando temos atividades como essa, é uma forma de reflexão sobre o tema. A cultura é um instrumento para essa discussão e, como a Prefeitura também compartilha desse ideal, garante a participação e divulgação destes eventos”, comentou Beto Teoria.

O mesmo pensamento é compartilhado por Marcos Antonio da Silva, membro do grupo Samba Miudinho. “Para nós é importante, não só pelo dia, mas pela raça negra e pelo samba. Os dois fazem uma combinação muito importante para o samba de raiz, onde a negritude começou”.

Programação – Buscando fortalecer ações de combate ao racismo e a promoção de políticas públicas de igualdade racial, a Secretaria de Assistência, Participação e Inclusão Social segue com cronograma nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS): Ouro Fino (dia 21, às 14h) e Quarta Divisão (dia 22, às 9h). Assim como aconteceu na segunda e terça-feira passada nas unidades do CRAS Jardim Caçula e Centro, respectivamente, os próximos encontros contarão com palestras sobre conscientização, afroempreendedorismo, feirão de empregabilidade, entre outras.

Além disso, nos dias 25 e 26 de novembro, haverá oficina de bonecas Abayomi nos CRAS, buscando promover a educação e a disseminação de conhecimento, especialmente sobre a história e cultura negra. A atividade é voltada ao grupo de famílias atendidas pelo Serviço de Proteção e Atendimento à Família (PAIF) em cada unidade e ministrada por Elisangela dos Santos Moura, gerente na Secretaria de Assistência, Participação e Inclusão Social.

Abayomi é uma boneca de pano sem costura, criada por mulheres escravizadas durante o período colonial no Brasil. O termo significa “encontro precioso” em iorubá, um dos idiomas falados na África Ocidental. As mulheres escravizadas, que eram proibidas de praticar suas crenças e costumes africanos, criaram a boneca Abayomi como uma forma de manter viva a cultura de seus antepassados. Elas usavam retalhos de tecido para criar as bonecas, sem a necessidade de costurar, e as presenteavam às crianças como um símbolo de amor e resistência.

No mesmo período, buscando enriquecer o debate sobre diversidade e inclusão, com foco na equidade racial, os CRAS também promoverão rodas de conversa com as famílias PAIF em cada unidade, de acordo com cronograma ao longo do mês.

“A ideia é refletir sobre a desigualdade, preconceitos e práticas inclusivas que possam mobilizar ações concretas em sociedade”, comentou Douglas Marthim, diretor de Proteção Social Básica. Lembrando que a atividade acontecerá, simultaneamente, com a entrega do Hortifruti para as famílias PAIF do município.

Confira o cronograma do mês de novembro:
– 25 de novembro, às 10h: CRAS Quarta Divisão
– 25 de novembro, às 14h: CRAS Centro
– 26 de novembro, às 10h: CRAS Ouro Fino
– 26 de novembro, às 14h: CRAS Jardim Caçula

A programação especial da Consciência Negra em Ribeirão Pires atende à 7 dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU no Brasil. São eles: ODS 1 – Erradicação da Pobreza, ODS 4 – Educação de Qualidade, ODS 5 – Igualdade de Gênero, ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico, ODS 10 – Redução das Desigualdades, ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes; e ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação.

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