Guto Volpi faz balanço da gestão e promete novidades para Ribeirão Pires

Recém-eleito nas eleições suplementares ocorridas recentemente, Guto Volpi, o novo prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi falou em entrevista exclusiva ao Mais Notícias sobre as perspectivas para 2023 e sobre o futuro da cidade. Acompanhe:

Mais Notícias – Primeiramente, gostaria que falasse sobre o resultado da eleição e fizesse um balanço desses meses como prefeito, primeiro interino, agora em definitivo.

Guto Volpi – Essa fase de transição, de deixar a presidência da Câmara para assumir o Executivo de forma interina num primeiro momento, foi mais focada em passar tranquilidade para os funcionários públicos, comissionados, estatutários e ao Governo do Estado de São Paulo com (a manutenção dos) programas e convênios, para não ter nenhum prejuízo nesse momento de eleição suplementar. Ter vencido a eleição, foi consolidar essa tranquilidade. Então estou fazendo muitas reuniões para fiscalizar e verificar o andamento das obras e cronograma até porque foi isso que o eleitor confiou na urna: na continuidade e término de tudo que já está iniciado na cidade. Uma coisa que eu gosto de cumprir é prazo e minha preocupação é tocar dessa forma pois assim que vencemos a eleição.

MN – Durante as eleições, as pessoas conversavam com você não só como candidato, mas como prefeito interino. Como você sentiu o feedback?

GV – Olha, ótimo. Eu acho que todo mundo, mesmo os que estiveram defendendo outras candidaturas, entendem da mesma forma: que é importante continuar e terminar. Eleição é o momento da escolha. E, depois de feita a escolha, é torcer para que o governo vá bem. Não tem por que criar um movimento contrário ou negativo, pois isso interfere de fato na cidade. Tivemos uma eleição atípica em todos os sentidos, até na agressividade das últimas semanas, com muitos ataques, muitas mentiras. Fomos simplesmente com a proposta da continuidade, de término, sem inventar nada, sem prometer nada. E eu acho que a receptividade tem sido positiva nesse sentido.

MN – Além dos ânimos acirrados, houve questões jurídicas. Outro grupo, inclusive, continua lançando informações de instabilidade. Chegou até a ser noticiado alguma contestação em relação a sua candidatura. Isso obviamente atrapalha a cidade. Qual que a sua opinião em relação a não se entender que as urnas já fecharam?

GV – Acho isso sempre ruim. Ninguém pensa na cidade, apenas em si ou no seu projeto de poder enquanto estamos aqui preocupados em concluir iniciativas e entregá-las para a cidade. Eleições, hoje, têm dois campos de disputa: o do voto democrático e, depois, o judicial. Quem não se conforma com o resultado, está no segundo, terceiro lugar, acaba indo à Justiça para tentar criar uma situação e retomar o poder. A gente continua tocando com a mesma tranquilidade e com o mesmo propósito. Na Justiça, iremos nos defender a cada movimento. O engraçado é que o adversário, quando entra (com processo) dá uma manchete de jornal mas, quando sai o resultado, ele não dá manchete de jornal. Uma pena isso, mas tudo bem, faz parte do jogo, vida que segue.

MN – Mudando um pouco do foco agora, quando, enquanto presidente da Câmara, você teve um projeto muitíssimo bem-sucedido, o Câmara 2030, que acabou sendo a marca da sua gestão. E qual seria o grande projeto do Guto Volpi para a cidade de Ribeirão Pires, agora como prefeito?

GV – Olha, eu acho que na verdade, até esse projeto da Câmara Municipal será incorporado nos próximos 2 anos, agora no Executivo. Mas a minha preocupação não é com uma marca pessoal, mas sim com a conclusão de um plano de governo, pelo qual o meu pai (o ex-prefeito Clovis Volpi) foi eleito em 2020. Começamos em cima exatamente da conclusão desse projeto. Eu acho que além da minha celeridade (resolução das demandas) eu dexaria, em 2024, algo que tivesse mais esse jeitão que as pessoas enxergam em mim. Eu tenho tirado do papel projetos que estavam parados e podem ser exemplos para o estado e o Brasil, como o Ruas Completas, que Santo André veio estudar e já está aplicando. Então, quando você tem na cidade de Ribeirão Pires situações que podem ser colocadas em prática por cidades maiores, já vale como case de Gestão Pública. E é essa modernidade, essa visão que eu quero, já a partir de agora, implantar.

MN – Temos agora uma perspectiva para um futuro não tão distante de um aumento substancial na população da cidade, com vários projetos imobiliários em curso. Ribeirão Pires tem um problema, principalmente na região alta da cidade, de viário, com vias apertadas e o gargalo da Avenida Santo André. Existe algum tipo de planejamento de intervenção pensando nesse futuro?

GV – Estamos abrindo bastante frente de asfalto em Ribeirão. A Avenida Valdírio Prisco, antiga Avenida Brasil, que era um projeto que estava parado desde 2014, conseguimos resgatar, já vai começar a asfaltar e criar rotas tanto de entrada quanto de saída da cidade e do fluxo do Centro, que aliás está se expandindo aos bairros e (criando) novas rotas comerciais, então, as pessoas terão a vantagem de contar com mais opções perto de casa. A modernização da mobilidade urbana vai ser importante porque não temos como duplicar ruas, aliás não consigo enxergar nenhum ponto de duplicação na cidade. Então acho que (o foco) é melhorar esse a questão da mobilidade, semáforos, conceitos, respeito ao usuário do transporte público, aplicativos, ônibus, moto, bicicleta, enfim, criar uma cultura de mobilidade para absorver esse crescimento imobiliário. O trânsito é um grande gargalo para todas as cidades, não só Ribeirão Pires, mas administraremos com criatividade e modernização. Então acertar o tempo de semáforo ajuda muito, assim como novas rotatórias. Em Ribeirão Pires vejo como fácil a implantação dessa cultura, temos como exemplo a faixa de pedestre, em que no ABC, Ribeirão Pires é a cidade que mais respeita. Então acho que dá para aplicar essas medidas e ter uma recepção da sociedade muito rápida. Além disso também vai crescer gastronomia, serviços, enfim, uma série de outros segmentos da cidade que são importantes para o desenvolvimento econômico.

MN – Com mais gente, também aumenta arrecadação de imposto e a questão da demanda em outros setores, como saúde, educação e segurança e o déficit na questão dos atendimentos em alguns bairros como o Centro Alto. Qual o plano a prefeitura para suprir isso?

GV – Na segurança pública, a gente vai investir em inteligência artificial junto com o Governo do Estado de São Paulo, pelo sistema Detecta, que estará integrado inclusive com novos portais que devem ser abertos para consolidar as nossas divisas com outros municípios. Tudo isso começa a blindar mais a cidade. Além disso, arriscar projetos inovadores como esse do Ruas Completas, que amplia a área do pedestre circular no viário fazendo com que, em contrapartida, carros, motos e ônibus respeitem mais esse espaço. O investimento agora será nisso, em trazer modernidade para a cidade porque ela vai crescer rápido. Em 10 anos, pensando não só em Ribeirão, teremos 9 bilhões de pessoas no mundo segundo as projeções da ONU e isso afeta a forma como a gente lida com o planeta não só nas questões de recursos naturais, mas também nas questões humanas, com grandes desafios para os gestores públicos.

MN – E a questão de empregos na cidade, também um gargalo, já que muita gente trabalha fora e estamos entrando na indústria 4.0, mais tecnológica e de inteligência do que de manufatura. Sabendo que Ribeirão reúne condições para abrigar projetos dessa natureza, está no escopo da Prefeitura trazer esse tipo de empresa ou estimular a criação de startups?

GV – Sim e vamos ter dois pontos (para iniciar). Um espaço coworking que a gente está terminando de idealizar e vai ficar aqui no Museu e, no parque da Juventude que estamos muito próximos de dar a ordem de início, terá um espaço de formação em novas profissões desse mercado mais jovem, de como fazer renda e ter emprego. Então, colocaremos o pé no assunto sim, na prática, a partir de 2023.

MN – E em 2023, qual será o grande projeto da Prefeitura?

GV – Não só para 2023, mas para o futuro, é o hospital da Santa Luzia, até o término desse mandato. Mas devemos também entregar a Rodoviária, Vila do Doce, Ginásio Esportivo, campo sintético, enfim, nas áreas esportivas, culturais, sociais, faremos entregas importantes para Ribeirão Pires.

MN – O que o cidadão pode esperar do Guto Volpi como prefeito da cidade?

GV – Eu sou um cara que penso à frente de fato. Eu trago projetos, trago ideias, não só compartilho no campo das projeções, mas sou muito rápido em colocar isso em prática. Podemos esperar por uma Ribeirão Pires com um pé no futuro em todas as áreas, da saúde, do turismo, da educação, da segurança pública, com medidas para criar uma cidade mais humana, mais aberta, como é o projeto da Câmara Municipal, no qual se deixa o espaço livre a todos e ainda pensando no bem-estar animal, que tem um papel importante hoje na sociedade. Outo ponto fundamental é a diversidade. Então, é proporcionar para todas as diferenças sociais, humanas e religiosas, uma cidade melhor para se viver e para morar, porque de fato a gente tem muita gente que só dorme em Ribeirão. Quando esse complexo turístico todo estiver pronto e entregue, esse munícipe vai vivenciar mais a Estância, porque vai estar cada vez mais convidado a vir participar das atividades oferecidas pela cidade. Então, a área cultural tem um papel importante nisso, a feira literária, que será realizada novamente no ano que vem, provou. E aí, com um calendário de eventos bem encorpado, essa pessoa vai viver e consumir mais na cidade, que vai mostrar para a sociedade todo o circuito gastronômico, que tem coisas nos bairros que são importantes, e ele não faz ideia que tem. Ainda faremos com que ele interaja com tudo isso através das redes sociais, de comunicação gráfica. Quem sabe até mesmo um painel de LED que fique 24 horas por dia mostrando para ele o que a cidade tem. Então, para o futuro, podem esperar por várias novidades.

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