Após a sessão da Câmara de Ribeirão Pires desta terça-feira (19), onde os vereadores aprovaram apenas quatro projetos (dois da Ordem do Dia – itens 2 e 3 – e outros dois do Executivo que solicitava autorização para repasse de verbas para algumas secretarias), uma comissão de servidores da Guarda Civil Municipal fez uma reunião fechada com os parlamentares para entregar uma proposta de melhorias para a Guarda.
Antes do início da reunião, o vereador Antônio Muraki (PTB), líder de governo, barrou a entrada da imprensa sem dar qualquer justificativa. O tom das discussões durante a reunião foi tenso e, por vezes, o vereador Gerson Constantino (PV) se exaltou enquanto discutia com Nilton Taveira, presidente do SinGuardas (Sindicatos dos GCMs de São Caetano, Ribeirão Pires e Mauá).
A GCM está exigindo uma série de recursos necessários para o bom desempenho do servidor. Dentre algumas das exigências, destacam-se: aumento de 30% do beneficio de risco de vida, uniformes e viaturas novas, reajuste salarial, ouvidoria da GCM e a participação do efetivo no programa Atividade Delegada. “Enquanto o GCM ganha R$ 4 a hora extra, o policial militar, durante a Atividade Delegada, ganha R$ 16 a hora. O que eles fazem, nós também fazemos e por isso queremos esse direito”, defendeu um dos manifestantes.
Segundo Taveira, se os vereadores não apresentarem um retorno sobre a solicitação em 20 dias, toda a Guarda Municipal irá aderir à greve. “Não quero incentivar nenhuma baderna, iremos fazer uma manifestação exigindo o direito da categoria. Eles têm 20 dias e duvido que eles (os vereadores) farão alguma coisa”, afirmou o guarda descrente com a promessa dos vereadores.
Há um ano, uma proposta semelhante foi entregue aos vereadores que encaminharam ao Executivo. Segundo os manifestantes, o prefeito prometeu que tomaria providências, mas nada foi feito até agora. Por isso, o atual grupo de guardas está dando a garantia de greve caso o prazo se finde e nada seja feito.