Greve da CPTM deixa Ribeirão e Rio Grande sem trens

Pontos de ônibus ficaram lotados em ambas as cidades

Pontos de ônibus ficaram lotados em ambas as cidades

A fria manhã desta quarta (03) começou de forma complicada para os moradores de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, com a greve dos trens da CPTM, a principal forma de transporte entre as cidades e o Grande ABC e Capital.

A decisão foi tomada por dois dos três sindicatos que representam a categoria: dos Ferroviários de São Paulo e dos Ferroviários da Central do Brasil.

O Sindicato dos Ferroviários da Região Sorocabana não aderiu à paralisação. Com isso, a greve vai atingir os serviços de quatro das seis linhas por onde trafegam os trens de passageiros da Grande São Paulo: a 7, Rubi, a 10, Turquesa, a 11, Coral, e a 12, Safira. Novas assembleias estão marcadas paras as 14h a fim de reavaliar o movimento que, dependendo do andamento, pode retomar ainda hoje ou não.

Os trabalhadores chegaram a diminuir a proposta para 9,29% para salários e benefícios. O TRT sugeriu então que a empresa oferecesse 8,5% a salários e benefícios. Mas a CPTM não alterou as propostas.  Na parte da tarde, em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) manteve as duas propostas de reajuste aos ferroviários: a primeira é de aumento de 8,25% a salários e benefícios; a segunda é uma elevação de 10% nos benefícios, um aumento salarial igual a inflação dos últimos 12 meses até março (6,65%), somado 1% de produtividade.

“Infelizmente, a CPTM não chegou a uma proposta a contento que possa ser apreciada e defendida pelo sindicato na assembleia. A empresa é intransigente, a data base da categoria é março, estamos há 90 dias na mesa de negociação. Essa é a terceira tentativa conciliatória, infelizmente eles avançaram muito pouco”, disse o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos, Matos, antes do início da assembleia.

Segundo uma estimativa do TRT, a diferença de 0,25% entre as partes significaria um custo de aproximadamente R$ 2,5 milhões por ano para a empresa, que tem arrecadação diária de aproximadamente R$ 3 milhões.

Em nota, a empresa lamentou a decisão dos sindicatos. “Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários que utilizam diariamente a rede da CPTM”.

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