Grecco quer promover desenvolvimento com transparência para Ribeirão

Candidato a prefeito pelo PRB, Luiz Carlos Grecco é um dos políticos mais experientes e respeitados de Ribeirão Pires, tendo estado à frente do Paço em duas oportunidades: de 1977 a 1982 e entre 1989 e 1992 com feitos que marcaram época e utilizadas até hoje, como a construção do Hospital São Lucas e do Centro Esportivo da Vila Gomes, entre outras.

Luiz Carlos Grecco, candidato a prefeito pelo PRB ao lado de seu vice, Charles D'Orto

Luiz Carlos Grecco, candidato a prefeito pelo PRB ao lado de seu vice, Charles D’Orto

Agora, buscando escrever novas páginas nesta história, Grecco vê que há uma desorganização administrativa na cidade: “Hoje, temos um excesso de cargos comissionados, de confiança do atual prefeito, que terão que ser exonerados. Só aí já teremos um enxugamento”, conta, antes de apresentar uma ideia que pode reduzir gastos: “Hoje, temos uma empresa que presta serviços de manutenção da iluminação pública. Será que não poderíamos ter uma equipe própria da Prefeitura? Tudo isso tem um custo que pode ser diminuído”.

Ele analisa que o atual prefeito também falhou na definição de suas prioridades: “Saulo (Benevides) enxerga a cidade com projetos faraônicos como o Teleférico. Com os recursos que vieram, era possível terminar o Hotel Escola e ainda fazer outras obras”, afirma, antes de ressaltar que “o prefeito está isolado e distante da população. Era vereador com quatro mandatos e, estava presente. De uma hora para outra, eleito prefeito, sumiu da cidade”.

Saúde – Questionado sobre um dos setores mais críticos da atual gestão, Grecco afirmou que é preciso fazer mais investimentos para obras como a conclusão do Hospital, além de mostrar o caminho para a obtenção dos recursos: “junto ao Governo do Estado e aos deputados, quero conseguir mais verbas para investimentos como o Hospital. E, por meio do Consórcio ABC, lutar para que ele seja referência para nossa região, aliviando assim tanto o Nardini quanto o Mário Covas. Há quase 200 mil habitantes no entorno que podem se beneficiar.

Grecco também prega mudança de filosofia no atendimento à Saúde no município: “nossa saúde não deve apenas curar doenças, mas também preveni-las”. A falta de medicamentos e outros problemas também estão em pauta. A solução está em uma ideia trazida pelo seu vice, Charles D’Orto: “temos problemas como armazenamento de remédios, que prejudicam a todos os munícipes. Hoje, a tecnologia permite um controle de estoque em tempo real, até mesmo o fracionamento. Temos que informatizar e modernizar o sistema”.

Segurança – Entre outros planos, como a valorização da GCM (e dos demais funcionários públicos) e mais investimentos no sistema de câmeras, Grecco pretende reaproximação com as forças de segurança estaduais: “Em São Caetano, por exemplo, há um convênio para que os policiais ajudem nas suas folgas dando mais segurança à população. Podemos pensar em alguma coisa nesse sentido para Ribeirão Pires”.

Transporte e Mobilidade – Não é segredo que as a cidade está dividida em duas partes. Questionado, Grecco pretende tirar do papel velhos projetos: “O viaduto é fundamental para uma ligação mais efetiva entre as partes alta e baixa que hoje está nas extremidades. Imaginando o futuro com a alça do Rodoanel, vemos que nosso viário é precário. É preciso prolongar a Valdírio Prisco, investir em melhorias. Houve uma chance boa com o Rodoanel, uma obra de R$ 5 bilhões. e o viaduto  poderia ter sido contrapartida, mas a oportunidade foi perdida”. Charles D’Orto completa: “Esta segregação do Centro Alto com o Centro Baixo precisa acabar. Talvez não só com um viaduto, mas sim com várias ligações. É algo a se estudar”. O candidato a prefeito também tem intenção de implantar a integração em toda a cidade, colocando fim ao malfadado “chiqueirinho” da Rodoviária.

Desenvolvimento – A alça do Rodoanel a Ribeirão Pires trará oportunidade única de desenvolvimento. “Há áreas enormes ociosas, no Tecelão, em Sapopemba (Quarta Divisão) que, com a alça do Rodoanel, podem ter o desenvolvimento estimulado até por conta da nossa posição geográfica. Há pessoas interessadas em adquirir áreas e isso trará grande desenvolvimento para nossa cidade, com empresas não poluentes”, conta. Contudo, há um importante fator a ser trabalhado: “a cidade hoje conta com um gargalo de Internet que atrapalha diretamente no desenvolvimento econômico. É inevitável resolver nisso”.

Charles D’Orto completa: “Muitas empresas acabam não vindo por esse gargalo em comunicação. A Prefeitura tem autonomia e deve trabalhar para resolver isso. Tudo que é informação, tecnologia, desenvolvimento parece que foge de Ribeirão, cria-se entraves. É questão de ser transparente e honesto com os investidores”.

Turismo – Grecco ressalta que falta planejamento para o setor: “temos que ter um calendário de eventos para organizar as coisas e isso é muito importante. Lembro que, na minha gestão, a Festa do Pilar fez parte do calendário oficial de eventos do Estado e era divulgada por toda a parte sem custos para a cidade”. Quanto ao teleférico, a palavra de ordem é pés no chão: “é preciso analisar quanto isso custará, a manutenção, o retorno. Em Camboriú, foi um empresário que investiu. Em Ribeirão, já houve um desgaste grande, a população ficou sem a Festa do Chocolate, sem o Parque Municipal. Não é só o teleférico, há muita coisa envolvida, como custo operacional. É preciso estudar o projeto para viabilizá-lo e ajustar o que for necessário para a operação”. Ele completa: “todos os projetos têm que ser tocados por alguém da área, seja teleférico, Pedra do Elefante ou o próprio Festival do Chocolate. Assim, teremos projetos turísticos adequados, com uso correto das verbas do DADE. Um dos pontos que a cidade poderia explorar é a ligação da cidade com a história da televisão. Na casa de Herbert Richers, havia filmagens da Família Trapo. Aqui na Miguel Prisco, a TV Tupi, ao iniciar as transmissões de TV no Brasil, instalou um equipamento para medir a intensidade do sinal. São coisas que podemos explorar”.

Grecco conclui ressaltando as bases de sua gestão como prefeito: “Será a junção da experiência de quem sabe o caminho das pedras com a juventude de um empresário, arquiteto e urbanista. Duas pessoas que não precisam da política para viver e amam esta cidade. Nos próximos quatro anos, sem medo de errar, faremos um governo que irá priorizar necessidades reais, que trará investidores, com bastante trabalho, carinho, respeito pela cidade e planejamento a longo prazo para um desenvolvimento contínuo”.

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