A partir de 2016, três escolas da rede estadual de ensino em Ribeirão Pires serão ‘disponibilizadas’ pela Secretaria da Educação de São Paulo. Com a decisão, divulgada nesta quarta-feira (28), essas unidades serão fechadas e seus prédios serão reaproveitados para outro uso educacional.
As escolas estaduais Professor Álvaro Trindade de Oliveira, Fortunato Pandolfi Arnoni e Santinho Carnavale terão suas atividades encerradas e seus respectivos alunos serão transferidos para as escolas de seu novo ciclo. As mudanças são parte de um programa de readequação das unidades de ensino elaborado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, comandada por Herman Voorwald.
De acordo com a supervisora de ensino e responsável pelo acompanhamento da Diretoria de Ensino de Mauá, Maria do Carmo Santana, o objetivo da Secretaria de Educação de São Paulo é “a melhoria para qualidade do ensino com ciclos específicos para cada faixa etária e adequação dos ambientes escolares”.
Com isso, a escola Professor Álvaro Trindade de Oliveira terá seus alunos do Ano Inicial do Ensino Fundamental (AI) de 1ª a 5ª série remanejados para as escolas Álvaro de Souza Vieira e os alunos do ano final do (AF), de 6ª a 9ª séries, para a Escola Estadual Mario Leandro. A escola Santinho Carnavale transferirá seus alunos de AI para a escola Nayme Cardim e os AF e Ensino Médio para a escola João Roncon. Ambas terão seus prédios utilizados pelo Centro Paula Souza ou pela Prefeitura.
Além disso outras escolas sofrerão a reorganização, como o caso da Álvaro de Souza Viera e Francisco Prisco, que atenderão apenas os alunos de AI. A escola Maria Pastana Menato passará a atender apenas os alunos de ciclo AF e Ensino médio. A escola Fortunato Pandolfi Arnoni será transferida para a Escola Professora Leico Akaishi, que terá seus alunos dos AF e Ensino Médio destinados a Escola Estadual Felício Laurito. As escolas Francisco Prisco e Maria Pastana Menato, que em princípio estariam fora do processo, foram incluídas na reorganização após solicitação da Diretoria de Ensino de Mauá, que também é responsável pela cidade.
Segundo Maria do Carmo, o alvo principal deste novo plano é a melhoria das condições de ensino para os estudantes. “O foco está na aprendizagem dos alunos”, e reforça que os profissionais não serão prejudicados: “será feita a organização das cargas horárias dos professores, que terão ação pedagógica focada em um ciclo especifico”.
Mas para os professores foi uma atitude autoritária. “Em nenhum momento o Governo se importou em conversar conosco, perguntou o que achávamos, simplesmente foi uma medida imposta”.
Insatisfeitos com as medidas anunciadas pelo Governo do Estado de São Paulo, professores e alunos das escolas que serão ‘fechadas’ protestaram ontem na Vila do Doce. “Não queremos reorganização, queremos qualidade de ensino”, afirmaram os protestantes. Entretanto, a medida não deve ser revista, uma vez que às diretorias das escolas estão sendo comunicadas e, a seguir, devem repassar a informação às comunidades escolares, o que deve ocorrer em reuniões agendadas com pais e alunos para o próximo dia 14.