Gerson ataca a Saúde e aponta responsáveis

O final da tarde da última terça-feira ficou marcado por um intenso debate referente à Saúde Municipal de Ribeirão Pires. Fazendo uso da tribuna livre, ao término da sessão ordinária da Câmara, o vereador e presidente da Casa, Gerson Constantino (PSD), levantou uma séria discussão sobre os recentes e antigos escândalos na Pasta e a falta de solução, o que vem causando sérios prejuízos aos usuários do Sistema Único de Saúde.

Vereador exige explicações emergenciais

“Como é sabido de todos, nossa Saúde está doente. Nesse meio, alguns fatos nos levam a  indagações”. Com essas palavras Gerson iniciou uma séria crítica a gestão pública da Saúde, destacando, por vezes, que não faltaram oportunidades para que a Prefeitura tomasse medidas favoráveis à solução dos problemas. “Quando cobrávamos a qualidade do atendimento da CEMED apontamos desvios de dinheiro da Secretaria de Saúde”, lembrou o vereador.

Constantino ressaltou a falta de postura do Instituto Iluminattus, que abandonou o serviço no Hospital e Maternidade São Lucas por não conseguir dar continuidade ao contrato de gestão. “Em pouco tempo de serviço a Iluminattus não servia e não poderia cuidar da Saúde. Não podemos ficar de fora e esperar que as coisas sigam”, ressaltou ao reconhecer que por mais que a Câmara Municipal seja parceira da Prefeitura, ela tem o dever de criticar e apontar falhas do Executivo.

O presidente da Casa questionou a dificuldade que os vereadores têm em “por em xeque” a Administração Pública, quando foram barrados em propor a criação de um CEI (Comissão Especial de Inquérito), com competência investigativa e punitiva. Como opção, o peessedista sugere que os responsáveis se apresentem voluntariamente para dar explicações à população. “Fico indignado com o silencio do ex-secretário Jorge Mitidiero (PR). O secretário e o prefeito tiveram seus bens bloqueados e ainda não se pronunciaram. Gostaria que o Edison Dias (atual presidente da OSSPUB), o Mitidiero e o Allan Frazatti (PR – atual secretário de Saúde) viessem conversar com os vereadores e com os munícipes”, destacou.

Durante sua fala, Gerson foi interrompido pelo líder de governo Antonio Muraki (PTB) que dividiu a responsabilidade: “A Iluminattus esteve ausente. Hoje o Ministério Público interviu e pediu a penhora dos bens. Houve falhas que talvez o Executivo não soubesse”.

Mesmo com o término de sua fala, o assunto continuou no debate, uma vez que o munícipe Alaor Vieira, inscrito para falar, usou a tribuna e continuou o discurso de Constantino. “Questiono a competência da Prefeitura em gerir a Saúde”, apontou o cidadão.

Após a sessão, um pequeno movimento entre vereadores de oposição sugeriu a criação de um manifesto popular para “forçar” a aprovação de uma CEI da Saúde. A partir de segunda-feira, uma lista de apoio será passada bairro a bairro coletando assinaturas favoráveis a criação de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar e punir os verdadeiros culpados por problemas na Saúde.

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