Após os desencontros de informações a respeito do balancete do 9º Festival do Chocolate, o presidente da ACIARP (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires), Gerardo Sauter cedeu uma entrevista coletiva aos jornais locais para esclarecer o assunto. Nesta coletiva o presidente explicou e deixou claro, que o balanço não está atrasado, “mas segue o ritmo programado pela Associação”.
“Fizemos tudo para termos fôlego e não nos atrapalharmos depois. Nos outros festivais as contas foram fechadas mais ou menos essa data pós-evento”, detalhou Sauter.
Durante a entrevista, Sauter apresentou uma planilha com todos os investimentos e gastos do Festival do Chocolate (que você pode conferir no site www.jornalmaisnoticias.com.br). Essas planilhas contêm informações, por exemplo, da arrecadação com patrocínios, que segundo Gerardo foi “desastrosa”. “Em outras edições, uma única empresa doava 25 mil reais, este ano a arrecadação total de patrocinadores do Festival foi de R$ 29.500”, lamentou explicando que a arrecadação de patrocinadores é responsabilidade da ACIARP, mas devido ao curto espaço de tempo entre a oficialização do Festival até sua realização, não houve tempo hábil para a captação destes recursos.
Resumindo as declarações do presidente da Associação, a nona edição do Festival do Chocolate “não surtiu os efeitos esperados”, pelo menos na visão comercial de Sauter. “Não se faz evento sem grana. O Festival não obteve uma renda satisfatória e isso com certeza atrapalha, ainda mais quando não se tem planejamento”, disse ao detalhar, por exemplo, a repentina aparição do ECADE, uma instituição privada, sem fins lucrativos que tem por objetivo centralizar e arrecadar a distribuição dos direitos autorais de execução pública musical, ou seja, garantir que os artistas estejam cantando apenas músicas licenciadas e que tenham sido recolhidos impostos para que os autores das letras recebam sua parte.
Se de um lado o presidente Gerardo Sauter não mediu palavras para dizer que faltou planejamento para a realização do evento, do outro a Prefeitura preferiu não polemizar mais o assunto, destacando que “o 9º Festival do Chocolate manteve formato da festa com qualidade, tanto na variedade gastronômica quanto em opções culturais. A mudança em relação aos ingressos tem por objetivo tornar a festa sustentável, processo esse que, por meio de um planejamento estratégico, deve ser atingido com as próximas edições da Festa”.
Além disso, em nota, a Administração informou que “os recursos arrecadados com a venda dos ingressos e locação dos chalés já previam cobrir apenas parte dos investimentos necessários para realização da festa que ainda conta com investimento municipal para acontecer. Ou seja, a cidade caminha para que o evento – que não é uma festa da Prefeitura, mas sim da cidade – passe a se manter por si próprio”, finalizou a nota.