A cidade de Ribeirão Pires tem marcos históricos com o Cinema. Prova disso, é a ligação íntima com a família Richers, do chamado “pai da dublagem” no Brasil, Herbert Richers, que morou na cidade. O casarão erguido nos anos 30 do século passado, hoje encoberto pelo prédio ocupado pelas Lojas Cem, foi cenário, inclusive de um longa baseado no seriado de TV “Família Trapo” que teve em seu elenco Ronald Golias, Jô Soares e Ricardo Corte Real, entre outros grandes nomes da teledramaturgia brasileira.
Hoje, o cinema na cidade é tocado em várias frentes, uma delas com o diretor Emerson Muzelli, que rodará a produção “Fordlândia” na cidade. Outra, a do chamado “Cinema de Guerrilha”, aquele tocado com poucos recursos, tem como um de seus grandes expoentes o ator, produtor e diretor Eduardo Scheck, que junto ao diretor Beto Besant, têm usado Ribeirão Pires como cenário do longa-metragem “Gosto de Fel”, que conta com a participação de nomes importantes como o de Ney Matogrosso e Caco Ciocler, entre outros.
Na última semana, ele se encontrou com o vereador Gabriel Eid Roncon para apresentar uma iniciativa para fomentar a produção cinematográfica na cidade, uma escola profissionalizante de cinema. A ideia seria que os cursos fossem gratuitos em um espaço centralizado, um trabalho social que forneceria também mão de obra para esta indústria. “É preciso oferecer cultura aos jovens. Além disso, quero também promover a divulgação de curtas que seriam produzidos pelos alunos em exibições públicas periódicas”, conta. Para manter o projeto, uma revista de cinema deve ser comercializada, com sua arrecadação sendo revertida integralmente para a escola.
O vereador Gabriel Eid Roncon (PR), por sua vez, manifestou apoio à iniciativa de Scheck. “Esta escola vem ao encontro do meu pensamento, que é o de apoiar a cultura e desenvolver a juventude da cidade”, conta o edil, que ainda ressaltou: “o Eduardo é uma pessoa que usa Ribeirão Pires como cenário e leva o nome da cidade para fora”. A criação escola ainda está em fase de discussões e negociações de parcerias com a iniciativa pública e privada. A ideia é que ela funcione a partir do meio do ano.