Eliana Maciel de Góes
Médica Veterinária
CRMV 4.534
Imagine-se no lugar de antidepressivos e calmantes, o médico receitasse ao doente a companhia de um bichinho de estimação? Esse surpreendente “remédio” está se tornando cada vez mais comum no combate ao estresse, ansiedade, depressão, medo, autoestima baixa, solidão, além de ser usado como alternativa no tratamento de casos de síndrome de down e autismo. O contato com animais faz bem a saúde e tem influência direta na recuperação dos doentes. É por isso que,
cada vez mais, hospitais, creches, asilos, escolas, fundações para portadores de deficiências e até presídios empregam bichos em suas atividades terapêuticas. Pesquisas comprovam que pessoas que possuem animais têm uma redução significativa nas despesas médicas e se recuperam melhor de cirurgias. O convívio com um bichinho traz inúmeros benefícios e uma visível melhora na qualidade de vida, proporcionando a diminuição da pressão sanguínea, dos níveis de colesterol e do estresse e reduzindo o risco de problemas cardiovasculares, além de gerar sentimentos de responsabilidade e o respeito aos seres vivos. O contato com os mascotes aumenta a produção de endorfina – substância produzida pelo corpo ligada ao prazer – favorecendo o alívio de dores e bom humor.
Existem no Brasil diversos projetos que se dedicam à aplicação da terapia assistida por animais, também conhecida por coterapia. Na escola Refazenda, em São Roque (SP), por exemplo, crianças portadoras de diversas deficiências – de problemas emocionais graves a paralisia mental ou física fazem visitas semanais ao canil Cambará. Com os cães, elas encontram um estímulo para sair do isolamento e se comunicar com o mundo exterior. E não são apenas pessoas com necessidades especiais que se beneficiam com a presença dos bichos. Eles fazem um bem danado a qualquer pessoa que tenha contato com um deles. Se esse é o seu caso, lembre-se de cuidar muito bem do seu amigo. Ele merece! Se ainda não possui nenhum animal e deseja um amigo de verdade, procure o CCZ e adote! (Informações pelo telefone 4824-3748).