DISTÚRBIOS DO COMPORTAMENTO CANINO

Eliana Maciel de Góes

Médica Veterinária

CRMV 4.534

Os distúrbios de comportamento estão correlacionados com o abandono e a eutanásia de cães. As queixas das famílias humanas se referem a frustração entre suas expectativas e o temperamento do animal e aos aspectos do comportamento relacionados com padrões familiares ou raciais caninos (Pastor Alemão: perseguição da cauda; raças de grande porte: dermatite por lambedura; Shitzu: coprofagia).

Este é o Sorriso (castrado, vermifugado, castrado, vacinado, alegre e protetor). Ligue para 11 4824-3748

Dentre os quadros mencionados, as desordens compulsivas caninas são queixas cada vez mais frequentes na clínica veterinária do comportamento. São caracterizadas por comportamentos repetitivos, propositais e intencionais realizados em resposta a uma obsessão (difícil de ser verificada na medicina veterinária) e em condições de ausência de uma doença orgânica de base.

No período de 1 a 2 anos de idade (etapa de maturidade social canina), os sistemas neurais passam por mudanças relevantes. Com o apoio das pesquisas sobre o modo como a genética afeta a expressão de comportamento e sobre os sistemas biológicos que subjazem aos comportamentos patológicos podem-se identificar mecanismos de prevenção e de tratamento:

  • Diagnóstico diferencial de outros problemas médicos que podem causar ou contribuir para a expressão de compulsões.
  • Identificação e remoção de causas, tais como: estresse ambiental, fontes de excitação e de conflitos.
  • Promoção de interação planejadas e estruturadas com a família por meio de jogos, exercícios e alimentação.
  • Suspensão de todas as formas de punição e reforço dos comportamentos inadequados.
  • Oferecimento de reforço positivo para os comportamentos que são incompatíveis com o comportamento indesejado, por exemplo, recompensar o sentar que é incompatível com o pular.
  • Em caso de comportamento indesejável usar distrações e, após obter o almejado, premiar o comportamento adequado.

Fármacos podem ser úteis e eficazes para reduzir sintomas em cerca de 60% dos casos, sempre em associação com manejo ambiental e comportamental.

Compartilhe

Comente

Leia também