Um dos nossos maiores prazeres na vida é presentear as crianças e ver aquela alegria sincera nos seus olhinhos. Por isso, tanto quem pode, quanto quem não pode, procura atender ao desejo dos seus baixinhos.
Trata-se, portanto, de uma compra emocional, que leva muita gente sem sobras financeiras, e até endividada, a se enroscar ainda mais.
Para quem não tem dinheiro sobrando, o primeiro passo é simplificar as coisas: verificar qual dos presentes que a criança deseja é o mais em conta e saber se ela ficaria satisfeita com ele. A melhor das opções pode ficar para o Natal, quando será obrigatório presenteá-la de novo.
Depois, o consumidor deve pesquisar os preços; já que a diferença entre uma loja e outra pode chegar a mais de 100%. O passo seguinte é decidir pela forma de pagamento. Por mais que não pareça, à vista, o consumidor pode obter descontos de até 30%. O atendente força a venda a prazo, porque todo consumidor fica tentado a isso e ele, vendedor, pode estar ganhando comissão da financeira ou do cartão para parcelar, sem contar que no preço parcelado existem cerca de 6% de juros embutidos ao mês.
O consumidor tem de ter claro que tudo o que se parcela contém juros embutidos e que comprar a prazo significa – por menos que pareça – endividar-se. Se endividar e coçar, é só começar.
Presente Educativo – A Associação Brasileira do Consumidor recomenda que, após o Dia das Crianças, os pais incentivem seus filhos a pouparem durante um ano, para que eles próprios, no ano que vem, possam escolher o brinquedo desejado, pagando-o com as suas próprias economias.
Um dos bons exercícios é a criança passar a levar lanche de casa para a escola. Os pais lhe dão diariamente o dinheiro da cantina, para que a criança guarde no cofrinho.
Com isso, a criança passa a traçar objetivos e se esforça para alcançá-los e poderá compreender quantos lanches são necessários para comprar um brinquedo e quanto tempo essa economia diária exige.
Marcelo Fernando Segredo
Presidente da Associação Brasileira do Consumidor