No final do ano passado, uma das grandes polêmicas discutidas em Ribeirão Pires foi a respeito da cobertura da antiga rodoviária, removida para dar lugar a pelo menos dois novos empreendimentos, o Habib’s e uma nova loja da DiGaspi Calçados, empresas que venceram licitação aberta pela Prefeitura para a ocupação do espaço com novas franquias.
Durante o processo de desmontagem, a reportagem do Mais Notícias flagrou diversas não conformidades como, por exemplo, o uso de maçaricos e serras que cortaram as peças de alumínio e danificaram a trama que dava sustentação ao local, como que para ganhar tempo, quando o correto seria desparafusar as peças que poderiam muito bem ser reaproveitadas. Isso sem contar que, conforme as estruturas foram ao chão, também foram reportadamente alvo de furtos.
A priori, o material foi transportado para um “próprio municipal” (leia-se pátio da sede da Secretaria de Infra-Estrutura Urbana) e, a posteriori, por meio de lei municipal, foram doadas a APRAESPI (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência de Ribeirão Pires), que planejava utilizar o material para a cobertura de parte da quadra do Copar (Centro Ocupacional Profissionalizante Adelia Redivo), escola mantida pela instituição.
Entretanto, o estado em que se encontram as peças comprometeu o planejamento inicial. Segundo Lair Moura, Superintendente da entidade, “a operação de desmonte danificou o material. Contatamos alguns serralheiros que disseram que não poderá ser reutilizado. Desta forma, resta vendê-lo como sucata”, afirmou, antes de concluir: “de toda maneira, foi uma boa doação e será de grande valia para a APRAESPI”, concluiu.