Os animais, assim como os humanos, amadurecem ao longo da vida. Eles têm fases de desenvolvimento muito parecidas a nossa, de filhotes passam a ser adolescentes, atingem a idade adulta até chegar a senilidade. A idade com que um cão se torna idoso varia de acordo com o porte principalmente, sendo que cães pequenos tornam-se velhinhos a partir dos 8 ou 9 anos, e cães grandes a partir dos 5 anos começam a envelhecer mais rapidamente. Já os gatos tornam-se idosos a partir dos 10 anos.
Com avanço da medicina veterinária e maior interesse dos tutores em relação a cuidados preventivos como vacinas e realização de exames, a expectativa de vida dos animais tem aumentado. Porém, a melhor forma de garantir envelhecimento com saúde para seu melhor amigo é aumentando a frequência das visitas a clínica.
Para os animais jovens e adultos é recomendado visitas anuais para check-up e re-aplicação de vacinas. No caso dos idoso, é recomendado visitas a cada 6 meses a fim acompanhar evolução de alguns quadros esperados em idosos como disfunções osteoarticulares, quadros cardíacos, renais ou neurológicos, fazer suplementação da dieta se necessário, exames preventivos e vacinação.
Os animais ao envelhecer tem redução do metabolismo, alguns podem tornar-se mais lentos, sedentários com menor interesse em brigas e brinquedos, podem ficar com a pelagem da face grisalha e suas unhas crescem mais rapidamente.
Tosse e sedentarismo podem estar relacionadas as problemas cardiovasculares onde as câmaras cardíacas dilatam e comprimem a traquéia do animal causando tosse, ou ainda falhas circulatórias reduzem a distribuição de oxigênio no corpo, os tornando cansados. As doenças cardíacas têm graus de evolução e há medicações que controlam a doença.
Urina escurecida ou muito clara em grande quantidade, urina que goteja, dores para urinar ou até não urinar podem ser sinais de doenças renais ou endócrinas. Preventivamente pode ser feito exame de ultrassom para acompanhar a evolução da doença renal e há rações específicas destinadas ao paciente nefropata auxiliando na não formação de cálculos pela manutenção do pH ideal do organismo ou redução das proteínas no alimento reduzindo a taxa de filtração não sobrecarregando os rins. Doenças renais são bastante observadas em gatos.
Dor muscular, claudicação, dificuldade para levantar, quedas frequentes podem ser sinais de doenças do disco intervertebral, displasias, luxações ou disfunções neurológicas. São bastante comum em idosos principalmente animais de grande porte. Para estes casos pode ser feito acompanhamento com fisioterapia, acupuntura e moxa com intenção de aliviar a dor e restabelecer a função neuromuscular. Há casos tratáveis cirurgicamente e há casos onde a suplementação da dieta com Ômega 3, cálcio ou condroitina auxiliam na manutenção da estrutura óssea e articular melhorando a qualidade de vida e movimentação do animal. Distribuir caminhas confortáveis e tatames de borracha também ajudam no conforto do animal
Também é bastante comum em idosos problemas de visão, audição, problemas no fígado, aumentos de volume na pele, perda dos dentes ou tumores.
Todas essas patologias podem ser descobertas e diagnosticadas logo no início de seu desenvolvimento se as visitas na clínica se tornarem mais frequentes viabilizando melhores resultados no tratamento e controle dessas patologias garantindo um envelhecimento de qualidade para seu melhor amigo já idoso.
Visite um geriatra veterinário a cada 6 meses com seu velhinho e curta a companhia de seu melhor amigo por mais alguns anos!
Colaboração: Lia Silva – estudante de veterinária, tosadora e proprietária de petshop.
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