Pesquisadores do Hospital General de Massachusetts, em Boston (EUA), constataram que o organismo de pessoas com diabetes tipo 1 continua a produzir insulina.
De acordo com o grupo, algumas células pancreáticas, responsáveis pela produção do hormônio, continuam a funcionar nos diabéticos, levando os cientistas a acreditar que elas poderiam ser regeneradas no futuro.
No diabetes do tipo 1, os leucócitos interpretam erroneamente que as células beta do pâncreas são corpos estranhos e estes, por sua vez, passam a ser atacados pelos anticorpos, o que leva à falta de insulina essencial para controlar os níveis de glicemia do sangue.
No estágio inicial da doença, as ilhotas de Langerhans liberam uma quantidade de insulina, mas como também são atacados, ao longo do tempo o corpo deixa de produzir insulina em quantidade suficiente.
Segundo os resultados obtidos pela equipe de Boston, essa premissa pode estar equivocada.
Foi analisado o sangue de 182 diabéticos em busca do peptídeo C, uma proteína que é fabricada exclusivamente durante a produção de insulina pelo corpo. O peptídeo C foi encontrado em 80% dos pesquisados, todos diagnosticados com diabetes tipo 2, durante os últimos cinco anos.
Detectou-se também a mesma proteína em 10% dos diabéticos diagnosticados com a doença entre 31 e 40 anos atrás.
De acordo com a pesquisadora Denise Faustman, isso mostra que os diabéticos poderiam restabelecer a produção de insulina para níveis normais, recuperando-se as células produtoras de insulinas da mesma forma como tem sido feito com as células-tronco.