Contreras arcará com obras em vias prejudicadas pela empresa

No fim da tarde desta quinta-feira (30), o prefeito Clóvis Volpi convocou a imprensa para anunciar o plano de recuperação de vias com a empreiteira Contreras, contratada pela Petrobras, para realizar as obras do gasoduto Gasan II no município.

A empresa está terminando os serviços de terraplanagem e a passagem do gasoduto. No início dos trabalhos, a Prefeitura fez com que a Contreras assinasse um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), se responsabilizando pelo estrago que fizesse em vias da cidade. “Quando a Contreras iniciou os trabalhos aqui, nós tivemos um pressentimento, que foi verdadeiro, que eles deixariam um estrago muito grande no nosso sistema viário por onde eles passassem. Então, fizemos um TAC com eles, estabelecendo algumas regras de que eles fariam a recuperação nos locais avaliados em que eles estavam transitando”, conta o Chefe do Executivo.

Treze ruas serão recuperadas. A via mais danificada pela Contreras é a Pedro Rípoli. “Ela tem sido alvo de reclamação da população e a gente concorda, mas se nós fizéssemos o serviço, gastaríamos o dinheiro da Prefeitura e não receberíamos o recurso financeiro deles, porque o TAC traduz que eles devem executar a obra: ou contratam terceiros ou executam a obra por conta própria. Eu aguento xingo para não gastar dinheiro público, pois está no TAC, eles tem que fazer”, falou Volpi.  Na área em questão, serão recuperados, aproximadamente, 900 m².

“Eu aguento xingo para não gastar dinheiro público, pois está no TAC, eles tem que fazer”, falou Clóvis Volpi

As outras ruas que serão recuperadas são: Avenida Santo André e Humberto de Campos (em vários trechos); Rua Suenari Kajiya; Avenida Vereador Aroldo Neves (três trechos); Rua Bragança; Rua Flórida (vários trechos); Rua Jacarandá; Rua Alfredo Mendes da Silva; Rua Miguel Daraia; Avenida Marginal; Avenida Sete Cruzes; e Estrada do Soma. Serão mais 7.900 m² recuperados, além dos 900m² da Pedro Rípoli. “Estas são as vias utilizadas por eles que foram deterioradas por conta do transporte pesado de terra quando fizeram a terraplanagem aqui na região para a instalação do GASAN II”, acrescentou o prefeito.

Avenida Rotary – A Avenida Rotary, no Jardim Mirante, também foi danificada, quando a Prefeitura teve que desviar o trânsito da Avenida Humberto de Campos para o local, por conta de risco de deslizamento do Morro Santo Antônio. Porém, como a via não estava prevista no TAC, pois não havia a previsão do desvio na época, a Prefeitura conseguiu embutir na compensação da Petrobras, que é a avalista do TAC. Na terça-feira (05), a Prefeitura enviará representantes ao Rio de Janeiro para negociar com a Petrobras a assinatura de um TAC para a pavimentação de 800 metros da via. “Aquela obra da Rotary será feita inteira: troca do solo, compactação do solo e o asfaltamento. Também é um objeto iniciado como compensação ambiental do serviço que a Contreras estava fazendo aqui, só que ficou fora do TAC”, explicou o prefeito.  

Segundo o secretário de Planejamento Urbano, Habitação, Meio Ambiente e Saneamento Básico (Sephama), Temístocles Cardoso Cristófaro, a recomposição vegetal deverá ser feita com o plantio de gramado na fase final da obra, no próprio entorno.

Volpi disse que o TAC que envolve as treze vias não tem valor definido, já que fala-se em compensação. “Aquilo que for considerado um estrago cometido pelo excesso de carga que passou por aquelas vias, tem que ser reposto para a cidade. A da Petrobrás (para a Avenida Rotary), o valor é de R$820 mil, que será pago em três parcelas”.

Trecho Leste do Rodoanel – Para o Chefe do Executivo, o caso da Contreras serviu de experiência para que a cidade se prepare com o que está por vir com a construção do Trecho Leste do Rodoanel. E unirá esforços com outros municípios para minimizar o impacto que a obra causará. “Nós vamos ter o Rodoanel Leste, então, tudo isso que nós estamos fazendo agora com a Contreras foi um aprendizado. Na terça-feira (05),  nós vamos reunir os prefeitos que estão localizados onde passa o Trecho Leste e vamos decidir o que é que nós faremos conjuntamente para não ter esse desgaste que as cidades tem depois que eles terminam a obra. Acho que Ribeirão Pires deu um passo à frente, porque nós aprendemos que quando tem uma obra de grande volume dentro do município, sai um estrago difícil de consertar. Vamos formalizar um documento para a SP Mar (empresa do Grupo Bertin que atua na administração do Trecho Sul e na construção do Trecho Leste do Rodoanel), já praticamente comprometendo-a e os seus consorciados a ficarem responsáveis pelos danos que vão acontecer nas cidades. Poderíamos fazer isso individualmente, mas eu aprendi que a coisa mais importante seria se nos uníssemos para que fizéssemos a cobrança conjunta, com uma regra só. Se houver um grande entendimento dos prefeitos, vamos chamar ainda, para ser interveniente deste processo, a ARTESP (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), que é quem supervisionará a construção do Rodoanel Leste”

Na reunião, participarão os prefeitos de Mauá, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba e Arujá.

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