Todos sabem que o Município da Estância Turística de Ribeirão Pires está localizado 100% em área de manancial e é grande produtor de água. A cidade é margeada pela represa Billings, em quase 42 km de extensão, mostrando-se de grande importância para o Estado de São Paulo.
Em 2001 os especialistas já alertavam e faziam projeções, nas quais a falta de água no Brasil incorreria em crise de abastecimento no ano de 2015. Por que não houve levantamento das discussões acerca do tema “Recurso Hídrico”? Por que não houve ampla divulgação de tal projeção? E por que não houve planejamento para amenizar a situação?
O impacto da falta de água no Sudeste espraia-se pelo país, a escassez de água em nossa região não decorre apenas do clima, mas da superexploração do recurso hídrico, poluição dos rios e nascentes, falta de tratamento de esgoto, baixo controle de efluentes industriais e do uso indiscriminado de defensivos agrícolas. Agora, nós, seres adaptáveis – para garantir nossa sobrevivência e perpetuação – temos o dever de atender a demanda ambiental e corrigir este caminho, desconstruir e reconstruir conceitos e parâmetros, salientar a criatividade e enfrentar as mudanças.
A água doce é, e sempre foi suporte de atividades sociais e econômicas e, historicamente, esteve relacionada ao desenvolvimento das grandes civilizações. Hoje, a palavra de ordem é: Sustentabilidade Hídrica e cabe a nós, cidadãos de Ribeirão Pires, grande parcela de comprometimento com as gerações futuras. E aos governantes em todas as esferas, disponibilizar e aplicar recursos humanos e financeiros para brecar e corrigir as graves consequências geradas pelo uso irresponsável dos recursos ambientais.
Professor Gerson dos Santos Goulart – Gelão, professor de Geografia, História e pós graduado em Gestão Ambiental e Secretario de Meio Ambiente de Ribeirão Pires