Ontem (27), a ACIARP (Associação Comercial, Industrial, Agrícola de Ribeirão Pires) recebeu a economista Silvia Okabayashi, responsável pela Pesquisa de Intenção de Compra (PIC) Dia dos Pais do Observatório Econômico da Universidade Metodista, para uma análise de intenção de compras para o Dia dos Pais.
De acordo com a pesquisa, a região do ABC ocupa o 5° lugar no ranking de maior potencial de consumo de 2016, perdendo somente para as grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Desta forma o comércio das sete cidades poderá movimentar cerca de R$ 66 bilhões no Dia dos Pais.
De acordo com a pesquisa, cerca de 31% dos entrevistados deverão presentear mais de uma pessoa, ou seja, além dos pais, maridos, avôs e sogros estão entre os presenteados, sendo que os pais prevalecem com 79,3%, seguido por maridos, com 6,3% e avôs, com 4,9%.
Outra questão que é importante entender é o comportamento do consumidor no momento da compra. Comparando os quesitos preço, qualidade dos produtos e descontos, o desejo da pessoa presenteada é o principal fator determinante para a compra, com 58% das intenções. Já o preço do produto para parte dos entrevistados é determinante na escolha do presente, e deve ser coerente com a qualidade do produto, afim de garantir a competitividade no mercado que oferece diversos produtos e formas de pagamentos. Quanto aos tipos de presentes, as escolhas, predominantemente, irão para vestuário, calçados, perfumes, cosméticos, relógios, artigos esportivos e livros.
Comparando com o ano passado, a intenção de compra em vestuário e calçados teve queda de 3%, e agora se encontra em 41,5%. Já os perfumes e cosméticos tiverem crescimento de 3,8%, passando para 21,3%.
Na edição do ano pasado, a PIC Dias dos Pais apontou o gasto médio planejado de R$ 193,13. Neste ano, os entrevistados pretendem gastar cerca de R$ 20 a menos. Os presentes também terão menor valor: apenas 1,3% dos entrevistados pretendem gastar mais de R$ 1.000.
Mobilidade
A PIC também avaliou a mobilidade dos consumidores para a realização das compras, ou seja, quantos consumidores estariam dispostos a consumir em cidades diferentes daquelas onde moram. Ao todo, 31% dos entrevistados deverão comprar fora da cidade onde residem.
Nas cidades de Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires os consumidores que estão dispostos a sair do município para compras nas cidades vizinhas apontam a maior variedade de opções e preços diferenciados como motivos principais. Por outro lado, o número de pessoas dispostas a comprar no comércio local subiu, especialmente em Rio Grande da Serra, onde metade da população pretende usar as lojas da cidade este ano, contra cerca de 30% no ano passado.
Em Ribeirão o número de pessoas que vão as compras para fora da cidade caiu de 56,8% para 53,1%. Já em Rio Grande a mudança veio de forma significativa, caiu de 88,9% para 50%. Porém a cidade preferida para compras ainda é São Bernardo do Campo com 31,4%.
A Economista Silvia Okabayashi explica que o índice alto de compras em outras cidades se dá por tempo de permanência do consumidor. “Por vezes a pessoa mora em Ribeirão ou Rio Grande, mas como passa a maior parte do tempo em outra cidade trabalhando, acha que é mais cômodo ir o comércio próximo ao trabalho do que ficar indo e vindo de um lugar para outro”, explicou a Economista. Ainda de acordo com a economista outro motivo que é de grande valia é a acessibilidade nos Centros Comerciais. “O que as cidades precisam é de mais bolsões de estacionamento, quando o consumidor anda a pé ele presta mais atenção nas lojas, quando está de carro passa rápido e nem percebe”, disse Silvia.
Segundo o presidente da ACIARP, Marcelo Menato, algumas ações intencionais serão realizadas, além de algumas atrações na Vila do Doce.