Confusão no WhatsApp cria desconforto entre secretários e vereadores

O secretário de Comunicação Thiago Quirino e o respectivo adjunto, Milton Bicudo, assim como os vereadores Renato Foresto (PT) e Gabriel Roncon (PR) estiveram envoltos em uma polêmica nesta semana: um ataque virtual difundido pelo Facebook.

Mensagens enviadas pelo aplicativo causaram confusão

Mensagens enviadas pelo aplicativo causaram confusão

Em uma conversa de um suposto grupo do WhatsApp, o nome de Quirino é usado dando a entender que indicava a criação de fotomontagens contra Foresto. O caso foi parar na delegacia, devidamente registrado em Boletim de Ocorrência. Ao Mais Notícias, Quirino afirmou tratar-se de uma montagem: “alguém criou uma conversa usando os nomes dos integrantes da Secom (Secretaria de Comunicação). Ainda não descobrimos quem foi, mas a brincadeira de mal gosto será apurada e o responsável certamente punido”, declarou. Ele também fez um B.O. sobre o caso: “Fui vítima da mesma ação ofensiva”.

Quanto a Gabriel, foi veiculada uma montagem insinuando que ele seria homossexual. No B.O, os vereadores, inclusive, apontam Bicudo como o suposto autor da montagem. À imprensa regional, o adjunto negou o fato, mas reconheceu ter compartilhado a imagem. “Eu realmente recebi essa imagem pelo WhatsApp, achei engraçada e compartilhei com alguns amigos em um grupo particular. Não imaginava que iriam me responsabilizar pela criação”, afirmou, antes de concluir: “Alguém está agindo de má fé querendo colocar secretários contra os vereadores”.

O vereador Renato Foresto, em entrevista ao Mais Notícias, afirmou que é “necessária uma investigação por parte da polícia para que sejam apontados os responsáveis e também o IP (endereço de internet) de origem das mensagens”. Ele ainda alega ter visto um viés político na ação: “Tanto eu quanto o Gabriel somos pré-candidatos às eleições do ano que vem, então acredito que possa ter algum componente político nesta história”. Por fim, ele ainda afirmou que irá representar (fazer a queixa-crime) e conversar com o secretário de Comunicação, Thiago Quirino, para discutir a situação.

O vereador Gabriel Roncon, por sua vez, estava em reunião e não pôde atender a nossa reportagem.

O Mais Notícias fez um teste usando o mesmo aplicativo. Detectamos que, de fato, é possível mudar os nomes da agenda e simular conversas como se fossem reais. Entretanto, é de responsabilidade do Facebook, empresa proprietária do aplicativo, armazenar os IPs tanto dos criadores dos grupos quanto dos integrantes da conversa. Desta maneira, será possível identificar quem foram os criadores dos grupos e esclarecer, de uma vez por todas, este mal-entendido. Os secretários afirmaram que irão à Delegacia de Crimes Virtuais, em São Paulo. As partes têm seis meses para fazer a queixa-crime, primeiro passo para a investigação dos fatos.

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