Filha de um dos grandes nomes da política de Ribeirão Pires, Leka Tokuzumi é uma das novas faces que se candidatam a uma das 17 cadeiras da Câmara Municipal nestas eleições.
A deputada federal Keiko Ota, ao lado de Leka Tokuzumi
Aos 35 anos, descendente de japoneses e nordestinos, tem como inspiração seu pai, Roberto Tokuzumi, que foi vice-prefeito da cidade. Ela decidiu entrar na política pela insatisfação com a postura atual dos representantes da população: “a principal motivação para a minha candidatura é a indignação com o momento que passamos tanto na cidade quanto no país. Tenho conhecimento, capacidade e não aceito que a cidade esteja nas mãos de pessoas que não me representam, que não lutam pelo bem comum, por coisas por que eu mesmo briguei sem ter cargo eletivo. Isso foi o que me motivou a fazer a minha parte (para mudar a cidade)”, conta.
Leka tem sérias críticas a postura do atual quadro legislativo: “temos 17 vereadores, eleitos por partidos. Mas onde está o partido? Onde estão as emendas de deputados dos partidos deles? Que o caixa da prefeitura está quebrado não é segredo para ninguém, mas por que os vereadores não vão atrás destes recursos? Pode-se não conseguir construir uma creche, mas é possível obter uma verba que possa reformar e construir duas, três salas, capazes de melhorar o atendimento ao cidadão. Se os 17 vereadores tivessem construído esse tipo de verbas ao menos uma vez, não teríamos problemas de vagas em creches na cidade. Falta talvez um pouco de conhecimento. Na grande maioria, são pessoas do bem, mas só isso não basta. Falta capacidade”.
Para a candidata, é possível e preciso ousar para que a cidade evolua: “Ribeirão Pires tem que perder a característica de cidade dormitório que, por ser área de manancial, nada pode. Claro que pode preservar, mas Ribeirão Pires pode sim ter indústrias não poluentes, pode sim ter empregos e desenvolver a cidade. Os grandes problemas da cidade têm muito a ver com a falta de postos de trabalho. Na Saúde, por exemplo, um cidadão empregado e com plano de saúde pode usar o serviço privado, desafogando assim o SUS”, conta, antes de completar: “Para que isso aconteça, é preciso de uma equipe que possa mostrar o que pode ou não ser feito na cidade. Com incentivos, empresários podem comprar áreas para montar ou transferir suas empresas para Ribeirão Pires trazendo assim indústrias não poluentes, como as de tecnologia, que podem resolver esse problema. Mas, para isso, é preciso desburocratizar os processos, agilizando a regularização e ter o interesse de todos, não deixando a população em segundo plano”.
Leka Tokuzumi, que atuou na coordenação do Centro Odontológico, também tem como proposta defender a valorização do servidor público municipal “para evitar que nossos bons funcionários deixam a Prefeitura, seja para outras cidades que tem melhores vencimentos e benefícios ou para a iniciativa privada”.
A candidata conclui falando sobre o que irá nortear sua atuação, caso eleita: “O cidadão pode esperar de mim muito trabalho, empenho, conhecimento e respostas efetivas sobre as ações do poder público com o respeito que a população merece”.
Deputada Keiko Ota apoia
Recentemente, Leka Tokuzumi apresentou suas propostas e sua candidatura a vereadora de Ribeirão Pires a deputada federal Keiko Ota (PSB), que prontamente se manifestou: “a Leka é uma pessoa do bem que acredita no modelo feminino de fazer política, por isso ela tem o meu apoio”. Em 2016, a deputada destinou R$ 11 milhões em emendas para diversas cidades, usados em projetos de infraestrutura urbana, Saúde e Segurança Pública, verbas que, futuramente, podem também ser destinadas a cidade.
“Conheci a Keiko Ota, até pela comunidade japonesa, e ela me relatou um carinho especial com Ribeirão Pires. Ela foi receptiva e me concedeu um apoio que agradeço muito”, conta Leka Tokuzumi, antes de concluir: “projetos como a Ronda Maria da Penha, que circula e cuida de mulheres vítimas de maus tratos bem como a instalação da Delegacia da Mulher poderão contar com esse apoio. São projetos que, caso eleita, irei apresentar logo no início do mandato”.
