O ex-prefeito de Ribeirão Pires e hoje secretário adjunto de Esportes do Governo do Estado, Clóvis Volpi (atual PTB), vem tentando desbloquear seus bens junto ao Ministério Público Federal. Volpi não tem acesso a seus ganhos desde 14 de outubro de 2011, quando a juíza Isabel Cardoso Lopes Enei, da 3ª Vara Cível de Ribeirão Pires determinou que tanto os bens como 50% do saldo das contas-correntes de Clóvis fossem congelados, a fim de assegurar a devolução de R$ 18,2 milhões aos cofres públicos, supostamente desviados.
A tentativa, porém, ainda não surtiu efeito. Para tentar recuperar o controle sobre seus bens, Volpi solicitou a anexação de uma carta precatória (que declara que seu emissor tem condições financeiras próximas da falência) junto ao processo contra ele. A carta foi anexada no dia 09 de junho deste ano mas, apensar de pedidos de urgência, ainda não houve resposta do MP quanto à solicitação.
Entenda o caso – O Ministério Público conseguiu uma liminar por conta da Ação Civil Pública que questionava o convênio entre o governo de Clóvis e o Instituto ACQUA, responsável por gerenciar serviços de Saúde Municipal à época. O convênio com o Instituto foi firmado em 2001, ainda na gestão da ex-prefeita Maria Inês (PT), quando a ONG ficou responsável por administrar as recém-criadas Residências Terapêuticas, que abrigavam cerca de 60 pacientes.
Quando Volpi assumiu a Prefeitura, em 2005, a Administração manteve o projeto, sempre contando com repasses federais que foram mantidos por conta da aprovação das contas apresentadas pela ONG. A investigação do MP apontou falhas na documentação e defende a hipótese de que a entidade teria recebido por serviços não realizados. Com isso, Volpi e a direção da entidade tiveram seus bens bloqueados até que os fatos sejam devidamente apurados.