A indefinição sobre a ida do prefeito Clóvis Volpi (PV) para a superintendência do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), parece ter chegado ao fim. Tudo por conta do Decreto nº 52.636, de 3 de fevereiro de 1971, assinado pelo então governador Roberto Costa de Abreu Sodré, no qual consta, em seu artigo 10, que “o Superintendente do DAEE será engenheiro de reconhecida idoneidade e competência no campo de atuação da Autarquia, nomeado em comissão pelo Governador do Estado”. Clóvis Volpi, que apesar de indicado ao cargo pela direção estadual do Partido Verde – já que a função faz parte da cota do PV junto ao governo do Estado – é professor, contradizendo a formação exigida pelo decreto.
Na semana passada, quando questionado pelo Mais Notícias sobre o assunto, o prefeito disse que a definição do nome que assumirá o DAEE sairia depois do carnaval e que, com relação ao decreto, o partido ainda não havia sido comunicado oficialmente.
Ontem, nossa equipe conversou com o presidente estadual do Partido Verde, Mauricio Brusadin. Ele disse que a indicação pelo nome de Volpi se deu pela experiência do prefeito, que acumula em sua trajetória atuações como vereador, deputado estadual e federal, presidente do Consórcio Intermunicipal ABC e na presidência do Comitê de Bacias. Entretanto, “há a força de um decreto”, falou Brusadin, completando que possivelmente hoje a Executiva estadual do PV fará uma reunião para definir a questão.
Também ontem, o prefeito, enfim, afirmou que fica no comando da cidade. “Recebemos a informação do governador de que não teria condições de fazer alteração no decreto, substituindo engenheiro civil para outro tipo de profissão. Eu não sou engenheiro e nós não queremos afrontar o governo, por conta de que temos o secretário (Edson Giriboni (PV), secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Pasta onde está lotado o DAEE). Então, o partido estará procurando no seu corpo, algum engenheiro com experiência para ser indicado”.