Na última semana, Clóvis Volpi, ex-prefeito de Ribeirão Pires, anunciou, em vídeo gravado no gabinete de Gabriel Maranhão (Cidadania23), prefeito de Rio Grande da Serra, que irá se filiar ao PR, voltando oficialmente à vida pública.
Com exclusividade ao Jornal Mais Notícias, Volpi falou sobre sua decisão: “eu tenho um compromisso com o Nonô Nardelli, que foi meu braço direito, até porque o Thiago foi um candidato do PR e tem compromisso com Mauá, Ribeirão e Rio Grande da Serra, onde foi muito bem votado, podendo ser padrinho político destas três cidades. É uma união de esforços”.
Nas últimas eleições municipais, há 3 anos, Volpi se candidatou a prefeito de Mauá, obtendo um bom desempenho, ficando em terceiro lugar com 20,2% dos votos, um índice que por pouco não lhe garantiu um lugar no segundo turno. Questionado em qual cidade se filiaria, Volpi deixou o futuro em aberto: “Faremos uma pesquisa para definir o quadro. Temos grupo político nas duas cidades e não quero decepcionar ninguém. Somente a partir disso, iremos ter uma definição”.
De toda maneira, o fato de Clóvis Volpi, em suas andanças pelas ruas de Ribeirão Pires, estar sendo bem recebido pode ser um fator que pese a favor da Pérola da Serra, tendo em vista que não são poucos os que o elogiam pelas realizações na sua gestão, entre 2005 e 2012. Questionado sobre essa admiração, afirmou: “de fato, uma boa parte das pessoas com quem converso tem essa percepção. Como um exemplo, fizemos várias escolas e o governo atual pode fazer uma, duas que vai gerenciar bem. Quem entra e anda pela cidade, vê as obras feitas, desde o portal da Cooperhodia, passando pelo canteiro central da Humberto de Campos com a iluminação para diminuir acidentes, a Avenida Rotary no Jardim Mirante, na Belo Horizonte, isso só na entrada da cidade. Fizemos muita coisa e há coisas a serem feitas ainda. Me sinto muito honrado por isso, pelo reconhecimento da população de que fizemos um bom governo”.
Nova política – Volpi ainda comentou sobre o panorama nacional, que após abrir espaço para a chamada “nova política”, mostra uma busca pela experiência. Em sua análise, “ao chamar o novo, fazem alusão a idade ou ao fato não ter passado por experiência política. Nacionalmente, vemos o caso do presidente que está tendo dificuldades em montar uma bancada de sustentação. Essa coisa do novo é assim: pode acontecer de o povo votar e depois se decepcionar ou o novo ficar velho nas atitudes”, conta.
Para ele, “diante da situação econômica do país, vejo que mais vale a experiência que a novidade. Eu sou um cara velho de idade, com muito tempo de vida pública, mas me considero novo. Sou mais atualizado que vários dos que se apresentam como atuais”, conclui.