As chuvas dos últimos dias em Ribeirão Pires fizeram uma vítima que, definitivamente, não tem como se defender: a Biblioteca Municipal Olavo Bilac, que fica no Centro Alto, ao lado da Fábrica de Sal.
Na manhã de ontem, diversos usuários procuraram a reportagem do Jornal Mais Notícias para reclamar da situação que, mesmo à distância, se mostrava calamitosa, com plásticos cobrindo as estantes de livros visíveis por meio das janelas. Dentro do que é a Casa da Literatura Ribeirãopirense, o cenário é desolador, com infiltrações de água no teto, que, dado o volume, tomaram tanto o pavimento superior quanto o inferior.
Se considerarmos que é um prédio novo, que abriga o órgão há apenas seis anos, é muito triste ver que o estado de deterioração já está avançado. Segundo o munícipe Alex Silva Araújo, que usa as instalações da Biblioteca Municipal para estudar para o vestibular há dois anos, “há obras de alto valor que foram molhadas”, como pudemos constatar por meio de fotos enviadas por leitores e visualização externa. Há obras, inclusive, seriamente comprometidas por conta da água.
Um munícipe, que pediu para ser identificado apenas como Pedro, afirmou que, em contato com funcionários da Prefeitura, recebeu a resposta de que “não há verbas” para a manutenção. Indignado, ele comentou: “Para pintar muros e fazer cosmética em calçadas o dinheiro sobra, mas para manter um bem público que é de usufruto de crianças, jovens e adultos não? Em que mundo estamos!”.
Em contato com a SEJEL (Secretaria da Juventude, Esportes, Lazer, Cultura e Turismo), responsável pelo espaço, recebemos a resposta do secretário Guto Volpi, de que “foi constatada a necessidade de troca das calhas do prédio da Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac” e, que já está aberto um “processo de licitação para solucionar o caso”. Quanto às obras literárias, “até o momento, não foi constatada a perda de acervo pela equipe da biblioteca”. Estaremos acompanhando.
Confira uma galeria de fotos abaixo: