CETESB embarga obra do gasoduto em Rio Grande da Serra

Um córrego no meio da Serra do Mar fez parar a construção de um dos maiores gasodutos da Petrobras no País. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) embargou a obra em Rio Grande da Serra, região do ABC. A justificativa para a ação foi de que a área de várzea do Ribeirão da Estiva estava sendo drenada pelas máquinas. O córrego é utilizado para abastecimento de parte da região metropolitana de São Paulo. Esse é o quarto embargo do empreendimento em pouco mais de três meses.

Batizado de Gasan 2, o gasoduto vai transportar a produção de gás natural da Bacia de Santos e, futuramente, do pré-sal. Orçado em US$ 45 milhões, tem 39 quilômetros e seus dois grandes dutos vão cortar as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra em pleno Parque Estadual da Serra do Mar.

A instalação dos dutos teve início em 28 de maio do ano passado. A previsão da Petrobras é concluir a obra – que ligará as Estações de São Bernardo do Campo, localizada no alto da serra, e Controle de Gás de Mauá, perto da Refinaria de Capuava – em maio deste ano. O gasoduto vai ainda facilitar e aumentar o transporte de gás entre Caraguatatuba e a Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão. O empreendimento tem capacidade de transportar sete milhões de m³/dia.

A estatal informou, por meio de nota, que não deverá haver atraso na entrega. Segundo a Petrobras, já foi apresentado à CETESB um procedimento para remediar a várzea do Ribeirão da Estiva. A proposta apresentada é a mesma enviada anteriormente, mas, a pedido da companhia paulista, tem mais detalhes.

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