Por meio de convocação extraordinária, foi realizada a última sessão da Câmara Municipal de Ribeirão Pires em 2016 com temas polêmicos em discussão e adiamento de quase toda a pauta para a próxima legislatura.
A ideia do prefeito Saulo Benevides (PMDB) era “limpar” a pauta no fim de seu mandato, assegurando, por exemplo, doações de terrenos para as igrejas Bola de Neve e Vida Nova, com fim de desenvolver trabalhos assistenciais com dependentes químicos e também para indígenas, além de concessões onerosas a empresas que têm intenção de se mudar para a cidade. Integrantes dos movimentos em questão, que compareceram à sessão, não esconderam seu descontentamento com o adiamento. Coube ao vereador Gabriel Eid Roncon (PTB), vice-prefeito diplomado, conversar com os grupos e reiterar que os projetos serão estudados pelo novo governo.
Contudo, problemas como falta de parecer por parte das comissões, aliado ao fato de que, no entendimento da maioria dos vereadores, os temas devem ser discutidos com o prefeito diplomado Kiko Teixeira (PSB), fizeram com que quase toda a pauta fosse adiada, inclusive o projeto que daria o nome de Maria Benevides dos Santos, mãe de Saulo Benevides, ao recém-inaugurado velório municipal. Vale lembrar que, originalmente, o projeto era para que ela nomeasse o viaduto que está em projeto ligando o Centro ao Centro Alto. Outro projeto que ficou para o ano que vem é o da doação da área onde está a Fábrica de Sal para a construção de um Shopping Center, projeto de autoria do Executivo que deve ser retirado.
Desta forma, após atraso no início para aguardar edis que retornavam de viagem (uma vez que a Câmara está em recesso) e uma realocação de integrantes às pressas para a comissão de Finanças e Orçamento (uma vez que o presidente da mesma estava ausente), foi a votação apenas um remanejamento de verbas que era considerado emergencial pelo Prefeito para honrar restos a pagar com fornecedores e evitar a interrupção de serviços em diversas secretarias, como as de Educação, Comunicação e Transportes.
Todos os projetos devem voltar à pauta na primeira sessão ordinária da nova legislatura, em fevereiro de 2017 – embora possam voltar antes, já que deve ser realizada ao menos uma sessão extraordinária em janeiro para análise da reforma administrativa que deve ser enviada à votação pelo novo prefeito Kiko Teixeira.
