Eliana Maciel de Góes
Médica Veterinária
CRMV 4.534
As duas fofuras da foto são exemplos dos chamados “cães de comunidade”. Apareceram tímidos na Avenida Ribeirão Pires-Vila Aurora e aos poucos foram ganhando a simpatia de muitos moradores. Primeiro veio o Bicudo que depois “adotou” Pretinho como parceiro de rua. Ganharam comida, abrigo (uma casinha ao lado de uma oficina mecânica) e cuidados, inclusive veterinário (vacina, vermífugo). Em troca dão muito carinho a todos que, como eu, amam cachorros incondicionalmente.
Assim como eles há vários outros cães comunitários promovendo a união de pessoas que, às vezes nem se conhecem, por um objetivo comum que é o amor pelos animais.
No entanto, não se pode esquecer do outro lado destas histórias que não é tão bonito, mas que merece muita reflexão. Cães nas ruas podem ser causa de acidentes de trânsito, podem agredir pessoas (ou outros animais) na defesa de seu território (que no caso é a via pública), sujar as calçadas com seus dejetos e eles próprios podem estar sujeitos a maus tratos, pois nem todo mundo tem tantas afinidades com animais.
Não é por acaso que se diz que o cão é o melhor amigo do homem, eles precisam do convívio com o ser humano e a melhor maneira de estreitar este laço é que o cão seja domiciliado sob uma guarda responsável em todos os momentos de sua vida: de filhote a velhice.
Portanto, para Bicudo e Pretinho (e outros tantos) a melhor forma de amá-los de verdade é incentivar que sejam adotados com toda a responsabilidade que este ato exige.