Eliana Maciel de Góes
Médica Veterinária
CRMV 4.534
Quando saímos de casa logo cedo para o trabalho e no caminho vemos um cão abandonado, um gato atropelado ou um cavalo sendo maltratado, isso acaba com nosso dia, não concorda? O bem estar desses animais parece interferir diretamente em nosso próprio bem estar, ou seja, estão intrinsecamente ligados, de modo que o bem estar de nossa espécie depende necessariamente do da outra. O conceito de uma Saúde Única tem proposto a unificação das profissões médica e veterinária, devendo ir adiante da saúde física, abraçando a proposta de Um Bem Estar Único, uma vez que muitos aspectos do bem estar psicológico do ser humano estão ligados aos dos animais.
Nós, seres humanos, estamos envolvidos em uma série de relações com outras espécies animais, por exemplo, os animais de companhia possuem um papel importante nos lares devendo ser entendidos não como um luxo econômico, mas como parte inerente da sociedade que contribui positivamente para a economia envolvendo dispêndio e gerando renda, ambos não reconhecidos ou freqüentemente subestimados. Vários são os benefícios financeiros e econômicos à sociedade atual gerados pela existência dos animais de
companhia, incluindo pet shops e adestramentos levando a ganhos diretos e indiretos associados à manutenção de animais de companhia para a saúde física, social e mental dos seres humanos. Os animais de companhia também auxiliam no contato entre pessoas enriquecendo o espírito comunitário que possui um imenso, porém também subestimado, valor econômico.
O balanço entre gasto e ganho associados com as espécies animais de companhia reflete a importância de reconhecer o elo entre o bem estar animal e humano e, o Bem Estar Único, é o mecanismo para suprirmos esse reconhecimento.