Por Gazeta
O leitor talvez discorde do título, uma vez que se trata de um artigo sério e publicado em um jornal de tanta credibilidade, porém mais à frente os motivos serão devidamente expostos.
Semana retrasada, na edição 685, o Mais Notícias dissecou o caso do “Ficha Suja” Dedé da Folha e o porquê da inclusão de seu nome na lista dos políticos inelegíveis até o longínquo ano de 2021. A matéria compilada pelo emérito jornalista Danilo Meira baseou-se em documentos oficiais do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e demonstra forma inconteste a inelegibilidade de Dedé. Sem defesa, tal qual batom na cueca.
Convidado a se pronunciar antes da publicação, Dedé se calou e agora aparece em redes sociais reclamando de críticas ao seu jornal e dizendo que quanto mais “batem”, mais ele cresce.
Para começo de conversa, devo lembrar ao ex-presidente da Câmara que teve contas rejeitadas por improbidade administrativa (corrupção para os íntimos) que o Jornal Mais Notícias não “bateu”, apenas publicou os fatos que, diga-se de passagem, são públicos e disponíveis para qualquer cidadão. Quanto ao jornal de sua propriedade, respeitamos um veículo de imprensa que chegou a duas mil edições, embora discordemos da linha editorial e de jornalistas que acreditam na frase “uma mentira repetida muitas vezes acaba passando por verdade”.
Imprensa séria e comprometida se atém aos fatos e não a especulações como um diário da região que garantiu o corte da energia elétrica do Paço e depois foi obrigado a voltar a atrás admitindo em suas próprias páginas que errara na manchete ou, mais recentemente, o caso da Voz de Ribeirão Pires que publicou em manchete uma previsão do “especialista em dívida pública”, o ex-prefeito Clóvis Volpi, vaticinando que a dívida da cidade ao fim da gestão Saulo será de R$ 120 milhões. Pura especulação.
Mas voltando ao Dedé, que plagiou Paulo Maluf ao dizer que “quanto mais apanha, mais cresce”, fica aqui mais um ditadinho para engrandecer seu rico vocabulário de cultura popular, considerando que ele não contestou as informações veiculadas: “quem cala, consente”. Quanto a crescer, ao que parece, a queda brusca na última pesquisa prova exatamente o contrário. Se bem que ele nem precisou apanhar para cair nas intenções de voto.