Ontem, foi realizada Audiência Pública na Câmara Municipal como resultado da solicitação feita nos protestos recentes para levar os questionamentos dos munícipes à Prefeitura que esteve representada pelos secretários de Segurança Pública, Sônia Garcia, de Assuntos Jurídicos, Rosana Figueiredo, e o de Governo, o adjunto de Transporte e Trânsito, Miguel Luiz e Saúde, Koiti Takaki. Também estiveram presentes os vereadores Banha, Renato Foresto, Paixão, Rubão, Gabriel Eid Roncon e Diva do Posto.
As discussões iniciaram sob o tema Transporte, considerado principal. “Pagamos um absurdo, o mesmo que é cobrado em São Paulo, sendo que andamos bem menos que os Paulistanos”, explicou Caio Augusto, um dos organizadores dos movimentos recentes, considerando, assim como outros, os valores praticados na cidade como um “abuso” e também cobrando a abertura das planilhas da Rigras, única empresa que opera o transporte na cidade. “Temos que analisar todos os dados. Assim, o prefeito pode definir se é um abuso ou não”, explicou a Dra. Rosana. Também foram abordados a forma como é realizada a integração e o horário de encerramento da operação que não coincide com o fim do serviço de trens, entre outros. A Prefeitura, por meio do secretário adjunto de Transporte, Miguel Luís, respondeu positivamente às demandas, pedindo 30 dias para a abertura das planilhas e afirmando que “está brigando para que todas as linhas se encerrem após o último trem”.
Quanto a Saúde, o secretário Koiti Takaki emitiu parecer sobre as instalações na cidade, além de abrir as dificuldades financeiras para manter o setor e falar sobre o novo contrato para a gestão do setor que será firmado com a Fundação ABC (leia mais na página 5). Outro assunto abordado foi a terceirização da Saúde na gestão passada, cujos contratos resultaram inclusive no bloqueio dos bens do ex-prefeito Clóvis Volpi e do ex-secretário de Saúde Jorge Mitidiero. A secretária Rosana afirmou que a Prefeitura está acompanhando os casos, que estão entregues à Justiça. “Pedimos um pouco de paciência para que os problemas sejam resolvidos”, explicou.
O munícipe Glaucio Gonzales enfatizou a importância dos Conselhos Municipais: “eles devem ser mais ativos, ser melhor divulgados pois são instrumentos de participação popular”, antes de relatar que “há dificuldades em saber quais conselhos estão ativos na própria secretaria de Políticas Comunitárias”. “A grande dificuldade é fazer com que as pessoas da Sociedade Civil participem”, afirmou Paula Cunha, do Movimento das Pessoas com Deficiência. Caio Augusto, ao retomar a palavra, também aproveitou para cobrar um melhor horário para as sessões ordinárias da Câmara: “a população poderá participar mais e mostrar que quem manda é o povo”.
Também estiveram em pauta assuntos como o Rodoanel, a falta de opções de lazer e o cancelamento do Festival do Chocolate. “Todos os que estão aqui estão buscando uma solução para os problemas da cidade e devem se comprometer a participar da discussão. A população quer participar das decisões da cidade e exige o funcionamento de todos os conselhos da cidade para isso, durante toda a gestão”, afirmou Lima, integrante de diversos movimentos sociais da cidade. “Estamos aqui para discutir o que o povo acha importante, estamos trabalhando para trazer melhorias para a cidade. E o que é importante para os munícipes será realizado”, concluiu a doutora Rosana Figueiredo.