Artigo: Transou com um, transou com todos

Um dos mais fortes argumentos para recomendação do uso da camisinha como proteção contra a AIDS era a constatação do fato que no sexo sem proteção, os indivíduos trariam para sí o histórico de todos os parceiros anteriores com quem haviam transado, e assim por diante numa progressão geométrica.

O vírus ou retrovírus da AIDS, isolado há mais de 40 anos ainda não tem cura, apenas medicamentos de controle e não foi criada nenhuma vacina apesar dos esforços dos cientistas de todo mudo.

O covid-19, respeitando as proporções, também não permite o contato físico e nem mesmo o social sem proteção.

O indivíduo pode contaminar familiares, colegas e qualquer pessoa pelo simples fato de falar com ela, e tal como a AIDS, o doente assintomático seja talvez o mais perigoso transmissor, e uma simples conversa no mercado, na feira, ou no bar, onde já se nota grupos do lado de fora do estabelecimento com copos ou latas nas mãos, e claro, sem as máscaras, já que como beber sem retira-las?

As autoridades baixam leis e normas porém, cabe ao cidadão cumpri-las ou não, pondo em risco a sua vida e a de outras com as quais convive.

Todos estamos vendo, porém diz-se que “o pior cego é o que não quer ver”, que os países e regiões onde a pandemia está sendo controlada, foi à custa de um rígido controle social e em muitos casos de confinamento.

Nós queremos resolver o problema, e acho que até podemos, “do jeito brasileiro”, com restrições não muito severas confiando no bom senso e deixando ao livre arbítrio do cidadão os cuidados consigo e com o próximo.  Com a AIDS vem dando certo, porém, o covid-19 é de transmissão muito mais rápida e fácil e mata a curtíssimo prazo.

Fica a pergunta: já é tempo de socializar ou devemos nos restringir a locomoções apenas por motivos essenciais?

Usemos nosso bom senso e o livre arbítrio.

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