A superintendente da Apraespi (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência), Lair Moura, se reuniu nesta semana com o secretário de Modalidades Especializada de Educação, Bernardo Goytacazes de Araújo, para propor uma solução para o subfinanciamento da educação especial em todo País. A ideia é que o Ministério da Educação passe a incluir as escolas especializadas filantrópicas na rede regular de ensino, obrigando estados e municípios a enviarem a essas unidades a mesma verba que as demais escolas recebem.
De acordo com a proposta enviada pela Apraespi ao Ministério da Educação, as escolas que atendem crianças com idade de zero a 5 anos e 11 meses fariam parte da rede municipal, enquanto que as unidades com alunos de idade a partir de 6 anos integrariam a rede estadual de ensino.
“Muitas Apaes de outros Estados, assim como as de Goiás, se uniram no mesmo pleito para uniformizar o atendimento educacional no Brasil. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo vem atuando com muito desrespeito ao trabalho das Apaes e outras escolas especializada no Estado, desqualificando o trabalho e criando empecilhos para novas matriculas”, explica Lair.
Há a expectativa de que o governo do presidente Jair Bolsonaro abrace a causa e sancione uma medida para solucionar o subfinanciamento que aflige as escolas especiais. O governo já acenou ao terceiro setor estabelecendo como meta a aprovação do Plano Nacional da Inclusão. Representantes dessas instituições sociais enxergam de forma favorável o atual momento para promover tais mudanças. “Vamos nos juntar para fortalecer nossas reivindicações, criando um movimento reunindo instituições para reverter esse quadro e fazer valer o direito ao acesso à educação de qualidade de milhões de crianças e jovens em todo Brasil”, finalizou Lair Moura.
Legenda da foto: Da esq. para dir.: Leonice e Lair Moura (Apraespi) se reúnem com o secretário de Modalidades Especializada de Educação do MEC, Bernardo Goytacazes de Araújo (ao centro)