Após alagar casas em Ouro Fino, obra de Alckmin recebe remendo do DAEE

Muros de pedra devem colocar fim a riscos

Muros de pedra devem colocar fim a riscos

A interligação entre as represas Billings e Taiaçupeba, inaugurada recentemente, têm causado inúmeros problemas aos moradores de Ouro Fino. A interligação feita por tubos, que mede cerca de 9 Km, termina em uma área localizada na Estrada do Taquaral (Avenida Vereador Aroldo Alves Neves), onde desemboca em uma caixa de redução e forma um pequeno lago que, por sua vez, desemboca no córrego Taiaçupeba-Mirim.

É justamente esta parte que está causando problemas. A medida em que o volume de água foi aumentando, as margens do rio cederam e trouxeram medo aos moradores da região, como mostramos em nossa edição 696, do último dia 07 de outubro. “A água corre aqui 24 horas por dia. Quem garante que não vai ter erosão?”, afirmou à época o morador Eli Martins. “Temos receio de que algo pior aconteça. Lutamos para construir nossas casas. Eles vêm, fazem obras ‘nas coxas’ (sic) e depois acontece alguma coisa e nos obrigam a sair. Aqui é um bairro de gente simples, quem vai pagar (o prejuízo)?”.

De fato, ele estava certo. Antes mesmo que os 4 m³ prometidos fossem bombeados, as margens cederam e chegaram a alagar casas e ruas do entorno, causando inclusive um embargo por parte da Prefeitura de Ribeirão Pires. Hoje, apenas um quarto do volume está sendo bombeado.

Para que o sistema opere em sua plena capacidade, o DAEE (Departamento de Águas, Esgoto e Energia), está realizando uma intervenção no local, canalizando um trecho de 280 metros do córrego por meio de paredes com pedras (estrutura de gabião), sendo 90% deles entre a tubulação e a ponte que passa sob a linha de trens da MRS e liga os dois lados da Rua Bragança, no Jardim Luzitano.

Segundo a autarquia, trata-se de uma “obra emergencial”, para reduzir “o impacto da chegada da água ao canal” e assim “evitar novas erosões e eventuais assoreamentos”. O trabalho está previsto para ser concluído em novembro. A partir daí, o bombeamento deverá ser aumentado gradualmente até chegar ao volume previsto, de 4 m³ por segundo – e aliviar a crise hídrica do Estado.

Veja a nota emitida pelo DAEE:

Informamos que o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) está realizando obras emergenciais de controle e recuperação de 280 metros do canal do ribeirão Taiaçupeba Mirim, em Ribeirão Pires, no trecho entre o final da linha de adução da SABESP e a Rua Bragança. O objetivo é adequar o sistema de dissipação de energia, reduzindo o impacto da chegada da água no canal e, deste modo, evitando novas erosões e eventuais assoreamentos. O trabalho está sendo realizado em estruturas de gabião e a previsão é concluí-lo em novembro”.

Palestra – Hoje, a partir das 19h será realizada uma palestra explicativa no Teatro Euclides Menato sobre o impacto da obra na cidade. Promovido pelo Condema (Conselho Municipal do Meio Ambiente) e a Prefeitura de Ribeirão Pires, serão realizadas palestras com José Mazeni, Técnico Químico e ex-funcionário da Sabesp e a bióloga Marta Marcondes. O teatro fica no Complexo Ayrton Senna, situado à Avenida Prefeito Valdírio Prisco, 193.

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