Ano pós crise foi positivo para o desenvolvimento econômico, avalia secretário

Se 2009 não foi um ano fácil devido à crise financeira, o fôlego foi retomado em 2010 e o saldo do desenvolvimento econômico de Ribeirão Pires foi positivo. Essa é a avaliação do secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda de Ribeirão Pires, Marcelo Menato. Em 2010, foram abertas na cidade 16 indústrias e encerradas 6; criados 173 novos comércios, e 39 fechados; e abertas 120 empresas prestadoras de serviços e 14 fechadas. Ao todo, o município conta com 200 indústrias, 1.500 empresas comerciais, e cerca de 4.500 empresas prestadoras de serviços, incluindo profissionais liberais, MEI (Micro Empreendedor Individual) e autônomos. “Eu acho que é um desempenho bom para o município que passou por um período difícil em 2009, em função da crise. 2010, para as empresas de Ribeirão Pires, foi um ano muito bom”, fala.

Segundo Menato, procura de grandes empresas pelo município tem sido enorme

A secretaria recebeu seis solicitações de incentivo fiscal para a instalação de indústrias e, desse número, três já foram concedidos. Em 23 de setembro, o Mais Notícias publicou sobre a grande procura de companhias em se instalar em Ribeirão Pires. Um exemplo das que conseguiram permissão para atuar no município, é o Grupo Feital, que trabalha com aço inoxidável. A empresa comprou o terreno da empresa Móveis Bartira e está vindo para Ribeirão Pires. “Será um grupo de três a cinco empresas que se instalarão na Pedro Ripoli e que provavelmente será o maior grupo industrial de Ribeirão Pires”, diz Menato.Outra indústria de grande porte do ramo de metalúrgica, a Alussin, também se instalará na cidade, em terreno localizado em frente à CBC. “Estamos muito bem localizados logisticamente falando, e (a vinda das empresas) isso é prova de que Ribeirão Pires é viável, que pode ter indústrias”.

Na época da reportagem, Menato disse que, de julho a agosto, sete representantes de indústrias, sendo quatro de grande porte, haviam procurado a Secretaria, interessadas em se abrigar na cidade. De lá para cá, ele afirma que a procura só tem aumentado. “A procura é enorme, todo dia tem uma, mas nós não temos área”.

O secretário garante que a população pode ficar tranquila quanto a vinda de indústrias, pois o ponto forte do município – o meio ambiente -, não será deixado de lado em nome do crescimento, e em nada irá interferir na qualidade de vida das pessoas. “Quem está vindo para cá é empresa limpa. É o tal negócio: a indústria é sempre bem-vinda em um lugar específico da cidade. Se colocá-la na Salvador Ripoli, Pedro Ripoli, na estrada, é o lugar dela”.

Menato também pretende estimular outros tipos de economia, bem mais condizentes com as condições do município. “Para o ano que vem estamos pensando em identificar alguma situações, como apicultura, plantação de bromélia, hidroponia, que são coisas totalmente passíveis de serem feitas na região de Ouro Fino, IV Divisão. A gente acha que as pessoas às vezes querem montar um negócio e acabam montando aquelas coisas tradicionais: padaria, loja, e não olham para essas atividades. A gente vai tentar pegar esse lado de Ribeirão que ainda não está bem trabalhado”.

Emprego e Renda – No que diz respeito a essas áreas, o secretário ressalta que a cidade teve um grande destaque. Em agosto, Ribeirão ficou na 24ª posição do ranking do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), órgão do Ministério do Trabalho, com recorde de contratações. No início do mês, o Posto de Atendimento ao Trabalhador foi premiado pelo desempenho no Mutirão do Emprego, realizado em novembro, no qual encaminhou 213 candidatos a vagas de emprego e, no total, abriu 681 novas vagas cadastradas pelo Emprega São Paulo para moradores de Ribeirão Pires e Mauá.

Ele conta que o foco para o próximo ano é dar qualificação à mão de obra, para que mais pessoas consigam uma oportunidade de trabalho. “No ano que vem vamos agilizar o projeto chamado ‘Capacita Ribeirão’, no qual iremos identificar nas empresas as suas maiores necessidades, para trazermos cursos de capacitação para supri-las. Na questão de vagas, conseguimos disponibilizar mais de 600 no Mutirão do Emprego, mas não são todas as pessoas que conseguiram o emprego, porque muitas não têm capacitação e queremos mudar isso. Muita gente está desempregada por uma questão de falta de capacitação, muitos não têm condição financeira, então, temos que dar um jeito de conseguir melhorar essa situação”, concluiu.

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