Leia a entrevista completa do empresário, educador e secretário da SEJEL
Integrante de uma das mais tradicionais famílias de Ribeirão Pires, Anderson Grecco é o gestor do Colégio São José, que teve como um dos fundadores seu pai, o ex-prefeito de Ribeirão Pires Luís Carlos Grecco.
Em entrevista ao Mais Notícias, ele falou sobre Educação, começando pela entidade que gere: “Meu pai aposentou-se como professor e depois fundou o Colégio São José, em 1981, com outros 3 professores. O colégio chegou aos 42 anos, comemorados agora em outubro e há mais de 25 anos faço parte da administração”, conta, relembrando a origem educadora de sua família.
Anderson elenca o que vê como principal diferencial da instituição de ensino: “a união entre a família, a tradição e a qualidade da educação no sentido de ter amor pelo que fazemos. Essa é a nossa missão. Temos certeza de que, para prosperar e crescer na vida, o principal caminho é o conhecimento, é a educação com o envolvimento da família, dos alunos e da escola: um tripé educacional em sintonia e trabalhando com professores e profissionais qualificados”.
Falando nos profissionais de ensino, no Colégio São José eles são fundamentais: “temos professores renomados com um trabalho grande na educação, de muitos anos e estamos sempre buscando atualizações para acompanhar os novos tempos. Estamos sempre em movimento, procurando fazer o melhor, atualizando nossos profissionais e dando condições de trabalho adequadas”, conta Anderson.
“Os alunos quando saem do colégio, são formados também como cidadãos dentro de um processo de trabalho que envolve muita coisa, como disciplina, respeito, um estudo e conhecimento e, graças a Deus, temos conquistado resultados significativos, com todas as séries participando de eventos como a Olimpíada Nacional de Ciência, Olimpíada Brasileira de Matemáticas, Astronomia e Aeronáutica, com resultados significativos e medalhistas”, ressalta.
Em meio a uma fase de muito questionamento na educação, com tentativas de mudar o foco do professor para materiais digitais, Anderson ressalta que a principal peça na Educação continua sendo a parte humana: “Em primeiro lugar, a figura central da escola é a equipe pedagógica com excelentes professores junto a coordenação e direção sempre antenadas e colaborativas para que esse processo seja produtivo. A tecnologia nunca vai ser maior do que o ser humano, o profissional qualificado que está lá, atento, no dia a dia. Claro que são ferramentas muito positivas, mas o famoso beabá educacional, o que funcionou muito bem para nossos avós, nossos pais, para nós, que é o fazer, o executar, o realizar não pode ser abandonado. Como sabemos, o tradicional papel, caneta, lápis e borracha tem um resultado positivo porque fixa mais as informações. A tecnologia é encantadora, mas, se não utilizada da forma correta, irá apenas expor para o aluno a algo novo, sem ter a certeza de que ele está entendendo”, analisa.
Por fim, Anderson ressalta: “o professor, o ser humano, a pessoa está presente em contato direto com os alunos, é insubstituível por qualquer tecnologia. Na minha visão o professor, o profissional qualificado, preparado e presente, fisicamente falando, um contato diário com os alunos é fundamental. Claro que ele tem que se atualizar e estar antenado com as novas tecnologias, mas não poderá ser substituído nunca, jamais, por uma máquina”.
Anderson Grecco conclui falando sobre as mudanças e apresentando uma visão para o futuro da Educação: “repito que a figura central vai ser sempre o profissional, o professor, o mestre e, por mais que se projete um futuro com tecnologias diversas, as relações humanas são o principal. Hoje sabemos que a tecnologia afasta o convívio social e, especialmente nas faixas etárias menores, percebe-se que as crianças têm dificuldade de relacionamento social porque vivem apenas em um mundo virtual. Isso é preocupante. Não se pode deixar as relações humanas em segundo, terceiro plano. Por isso, estou aqui enaltecendo a figura dos professores, que estão celebrando o seu dia e são as figuras principais dentro desse processo de formação pedagógica. E o papel que cabe às instituições de ensino é deixá-los motivados, respeitados e valorizados, sempre”.
