Por Thiago Quirino – Especial para o Mais Notícias
O vereador de Ribeirão Pires Humberto D‘Orto Neto (Amigão – PTC), vice-presidente da Câmara, marcou sua primeira atuação na sessão realizada na tarde desta terça-feira apresentando uma série de questionamentos polêmicos. Ao todo, 18 requerimentos foram protocolados e direcionados à Prefeitura.
Em seu primeiro documento, o vereador de primeiro mandato cobra da Administração a abertura da “caixa-preta” do contrato de Iluminação Pública. Amigão quer acesso ao contrato da Prefeitura com o Consórcio Ribeirão Luz, formado pelas empresas Consladel e JAW, essa última ligada ao ex-secretário de Obras de Mauá e articulador do PMDB na região, José Carlos Orosco Jr.
O parlamentar justificou o pedido informando que seu propósito é esclarecer “dúvidas sobre exigências contidas no contrato”, reconhecendo que a iluminação pública de Ribeirão Pires há tempos é alvo de queixas. “A iluminação está precária, a gente sabe disso, mas pelo tempo que passou, o problema já deveria estar resolvido”, disse em tribuna.
Após denúncia publicada pelo Mais Notícias em janeiro, os novos relógios publicitários espalhados pelas ruas de Ribeirão Pires também foram alvo de questionamento do vereador. Amigão quer acesso aos documentos do processo licitatório que deram autorização para instalação dos objetos, que conforme denúncia, estariam fora das exigências do próprio edital. O edil também pediu acesso ao contrato e planilhas de custos do transporte público, bem como informações detalhadas sobre uma possível dívida que a Prefeitura teria com a empresa.
Questionado sobre o que pretende encontrar nos contratos citados, Amigão foi taxativo: “Espero não achar nada de irregular”. O trabalhista-cristão também disse: “Esse é o anseio popular, eu precisava protocolar esses requerimentos e preciso conferir se está tudo certo até para poder dar uma resposta à população”.
IMPRERP – Fonte de boataria há muito tempo, a situação financeira do Instituto de Previdência de Ribeirão Pires, o IMPRERP, também foi questionada pelo vereador. No documento aprovado pelos vereadores, Amigão questiona o valor real da dívida do Instituto e a previsão para quitação dos débitos. Outro ponto controverso de questionamentos diz respeito ao repasse da Prefeitura aos Bombeiros. Conforme pressupõe o edil, a taxa arrecadada junto com o IPTU não tem sido destinada a corporação. Assim, Amigão exigiu saber o valor do que se arrecada com a taxa e onde esse dinheiro é aplicado. Segundo informado pelo próprio batalhão, há dois anos os Bombeiros não recebem o repasse da Prefeitura. Por fim, a própria Câmara foi alvo de questionamentos. Ao presidente da Casa, o vereador Rubens Fernandes (PSD), Amigão questionou sobre o andamento da CEI da Saúde.